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Entenda os Leilões para suprimento aos Sistemas Isolados

Essas concorrências têm papel de suprir a demanda energética de regiões que não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional

Publicado em: 16/10/25 15:43 hs | Atualizado em 16/10/25 15:50 hs

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No fim de setembro, a CCEE e a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL realizaram o 3° Leilão para Suprimentos aos Sistemas Isolados, que negociou contratos que somam mais de R$ 312 milhões em investimentos. Mas você conhece o objetivo desses leilões? 

Determinadas regiões do Brasil ainda não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Localizadas, em sua maioria, na região Norte, são em geral pequenas comunidades que ficam em áreas remotas e de difícil acesso. Para interligá-las, seriam necessários centenas de quilômetros de cabos — o que exigiria altos investimentos, licenças ambientais e complexas operações logísticas, tornando a conexão inviável nas condições atuais. 

O consumo nessas localidades é baixo e representa menos de 1% da carga total do país, mas a eletricidade é imprescindível para a vida de cada uma dessas pessoas. 

Por isso, em 2019 a CCEE assumiu a responsabilidade de liderar, em conjunto com a ANEEL, os Leilões de Suprimentos aos Sistemas Isolados. Neles, participam empresas que têm interesse em usar geração local para fornecer energia a essas regiões. 

 



Evolução dos leilões ao longo dos anos 


2019
•    Até 2019, os Leilões para Suprimento aos Sistemas Isolados eram conduzidos pela B3, em um formato mais tradicional, que exigia a presença física de todos os participantes. Diante da complexidade do primeiro leilão voltado a uma capital brasileira — Boa Vista, em Roraima — a ANEEL delegou à CCEE, naquele ano, a responsabilidade de liderar a ação. Para atender todas as especificidades do leilão, a CCEE criou um sistema dedicado e mais robusto para operacionalizar o processo. 
 
2021
•    Com o sucesso da operação, em 2021 a ANEEL confiou um novo leilão novamente à CCEE – desta vez para atender cerca de 23 localidades isoladas na região Norte. De volta ao modelo tradicional, mais simples, a CCEE criou uma plataforma mais eficaz e que trouxe a possibilidade de participação remota – trazendo praticidade e segurança em período marcado pela pandemia. 


2025
•    No leilão realizado mês passado, houve três importantes evoluções: 
 
•    Com foco em geração sustentável, este foi o primeiro leilão a obrigar a inclusão de um mínimo de 22% de fontes renováveis para cada projeto – como a produção por meio de biocombustíveis ou geração solar e eólica. A precificação das emissões de carbono passou também a ser fator considerado na escolha do vencedor da concorrência, priorizando aqueles com menos emissões. 
 
•    Foi o primeiro leilão do tipo a incluir a participação de armazenamento associado às usinas, fundamental em períodos com escassez de produção. 
 
•    Pela primeira vez, e demonstrando confiança na nossa excelência, a ANEEL delegou à CCEE a operacionalização dos contratos (CCESIs) firmados.  

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