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Lideranças do setor elétrico debatem futuro dos negócios durante painel do ENASE

Com moderação do conselheiro Eduardo Rossi, associações destacam preocupações com os consumidores e a produção de energia

Publicado em: 21/06/23 17:22 hs | Atualizado em 21/06/23 17:36 hs

Eduardo Rossi no Enase 2023

Em um cenário de sobreoferta de energia, subsídios e abertura de mercado, além do avanço de fontes renováveis e da micro e minigeração distribuída, a edição de 20 anos do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico – ENASE promoveu um debate com as lideranças de associações representativas. O painel “Visão dos agentes - Os caminhos para os avanços dos negócios no setor elétrico” foi moderado pelo conselheiro da CCEE, Eduardo Rossi.

O debate conduzido pelo representante da Câmara de Comercialização contou com a participação de Alexei Vivan, presidente da ABCE, Guilherme Velho, presidente da Apine, Rodrigo Ferreira, presidente da Abraceel, Max Xavier Lins, presidente da ENEL e representante da ABDIB, e Mario Menel, presidente da Abiape e FASE.

Na abertura do painel, Rossi destacou a importância dos agentes e instituições do setor elétrico aprenderem com o passado e procurarem conjuntamente desenvolver o futuro do setor de forma sustentável. “Uma característica que precisamos ter é o diálogo. Ouvindo e considerando, de verdade, a posição de nossos interlocutores para avançarmos”, ressaltou o conselheiro.

Durante as suas explanações, as lideranças ressaltaram a importância dos agentes procurarem uma pauta de convergência para promover o avanço do setor elétrico. Em um diagnóstico feito nos últimos anos, as associações demonstraram preocupação com o avanço do mercado a partir de subsídios, que têm provocado impactos na tarifa do consumidor. “Temos o espiral da morte no mercado cativo. Quanto mais consumidor sai, mais caro fica. Essa é a primeira consequência da sobreoferta subsidiada”, destacou Guilherme Velho, da Apine.

A preocupação com o mercado cativo e a importância de avançar na pauta de liberdade do consumidor também são prioridades para o futuro. “O mercado cativo é o Brasil esquecido. Como se o consumidor não existisse ou se fosse um ET. A cada ano que passa, esse mercado fica menor e mais caro”, comentou Rodrigo Ferreira, da Abraceel.

O avanço da participação das usinas eólicas e solares na matriz brasileira e o aumento de consumidores com geração distribuída também desperta preocupação para a sustentabilidade do setor elétrico. “Temos que voltar os olhos para as fontes perenes, que fornecem energia firme, como as hidrelétricas e térmicas. Temos uma questão conjuntural no atendimento da ponte. Para termos crescimento econômico e investimentos nos próximos anos, precisamos olhar para estes atributos”, afirmou Alexei Vivan, da ABCE. “É necessário promover a transição eletroenergética. Precisamos requalificar as redes de distribuição nos grandes centros urbanos, com um grande nível de exigência da confiabilidade e qualidade”, complementou Max Xavier Lins, da ENEL e ABDIB.

Diante de uma série de preocupações e necessidades de aprimoramentos apresentadas durante o painel, Mario Menel, do FASE e da Abiape, ressaltou que o setor já vivenciou pactos no passado em busca de pauta comum e que muitos conceitos podem ser aproveitados. “Tivemos a CP (Consulta Pública) 32, que estabeleceu algumas premissas universais para o setor. Podemos começar a partir dela e mediar as discussões”, concluiu.
 

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