A troca de experiências e conhecimento é uma ferramenta essencial para a evolução de ideias e a concepção de propostas cada vez melhores. Acreditando nesta máxima, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE participou do 3º Seminário Internacional de Transformação da Distribuição e da Comercialização de Energia Elétrica, organizado pela Comissão de Integração Energética Regional – CIER. A edição deste ano ocorreu em Bogotá, na Colômbia, e contou com representantes de 12 países e mais de 100 participantes.

Responsável por conduzir um estudo sobre a abertura de mercado no Brasil, o conselheiro Marcelo Loureiro representou a Câmara de Comercialização em um painel sobre o cenário brasileiro na liberdade de escolha do consumidor. O executivo reforçou as premissas de que a transformação do mercado deve ocorrer de forma contínua, sustentável e previsível.

Em sua apresentação (download), Loureiro abordou os desafios brasileiros para tratamento da medição, do supridor de última instância, o modelo de faturamento, a comercialização varejista, os contratos legados, entre outros. “Ao debatermos com profissionais de outros países, temos a possibilidade de refletir se a nossa organização atual e o que planejamento para o futuro é a mais adequada para o Brasil. As interações auxiliam na concepção de um mercado eficiente com soluções simples”, comenta.

Entre as tendências apresentadas por representantes de outros países, Loureiro destaca a procura pelo desenvolvimento de mercados de energia regionais eficientes e a concepção de mercados de flexibilidade no âmbito da distribuição. “Também tivemos uma experiência interessante da Colômbia no tratamento da medição. Eles discutem um ambiente centralizador da medição, uma figura que poderia ser adaptada ao Brasil e que não estava em nossos planejamentos”, ressalta.

Durante sua presença na Colômbia, o conselheiro também participou de reuniões na XM, a operadora do mercado atacadista colombiano e do sistema interligado deste país. “É uma organização com profissionais muito qualificados e cuja troca poderá ser enriquecedora para a CCEE e o mercado brasileiro”, conclui.