O 1º Fórum CCEE – Análise Setorial foi concluído com um olhar voltado ao futuro. O painel de encerramento reuniu consultores para discutir cenários e tendências que devem moldar os próximos anos do setor elétrico brasileiro.

Participaram da mesa Afonso Henriques, consultor; Edvaldo Santana, diretor da NEAL; Ângela Gomes, diretora técnica da PSR; João Carlos, CEO da Thymos; e Donato Filho, CEO da Volt. A mediação ficou sob responsabilidade de João Daniel Cascalho, Secretário Nacional de Energia Elétrica do MME.

Entre os temas abordados estiveram medidas provisórias, abertura de mercado, curtailment, baterias e comportamento do consumo. Um dos conceitos centrais foi a descentralização do setor elétrico. Para João Carlos, “o futuro será descentralizado, e temos a chance de ter algo bom para todos”. Afonso Henriques complementou, “quando se fala em descentralização, se fala do empoderamento do consumidor.”

Sobre as medidas provisórias, Edvaldo Santana destacou seu papel financeiro, “As MPs cuidam do equilíbrio do caixa.” Já João Daniel Cascalho ressaltou que “elas foram elaboradas para trazer mais equilíbrio e recolocar o poder concedente no centro do setor elétrico”.

O tema abertura de mercado também esteve em pauta. Para Ângela Gomes, trata-se de um movimento essencial, desde que conduzido com planejamento. “A abertura de mercado não é um fim em si, é um meio de trazer maior competitividade e empoderamento ao consumidor, desde que seja coordenada.”

Encerrando as discussões, Donato Filho destacou o momento de transformação que o setor atravessa, “Existe uma transformação que já está ocorrendo no presente e que estamos usando, ainda que de forma tímida, para construir um futuro mais seguro para o mercado.”