MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 15/03/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 15/03/21)

Informações de medição em 18/03/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica na primeira quinzena de março aumentou 5,2% em comparação ao mesmo período de 2021. Este resultado foi impactado positivamente pelo Ambiente de Contratação Regulada - ACR, que subiu 5,5%, seguido pelo Ambiente de Contratação Livre – ACL, com alta de 4,5%. Ao expurgar o efeito da migração entre os ambientes de contratação, o ACR registrou aumento de 7,1% e o ACL avanço de 1,3%.

Na análise regional, as maiores altas foram registradas nos estados do Espírito Santo e Rondônia (13%), Santa Catarina (10%) e Amapá e São Paulo (9%). Estas altas podem ser explicadas em grande parte por fatores climáticos. Na primeira metade do mês de março, sob a atuação de um sistema de alta pressão, não foram registradas chuvas expressivas no Sudeste e região central do país. Os maiores volumes de chuvas ficaram restritos a região Norte e sul do país. Com a redução das chuvas, foram verificadas temperaturas elevadas na maior parte do país, com destaque para as anomalias positivas de temperaturas máximas nas regiões Sul e Sudeste.

Por outro lado, com provável impacto de dados ausentes, as maiores quedas foram registradas no Distrito Federal (21%), Rio Grande do Sul (8%), Pará e Piauí (4%).

Dentre os 15 ramos de atividade econômica analisados pela CCEE, o destaque permanece sendo setor de Serviços, que registrou crescimento de 34,3% no período analisado. Mesmo considerando apenas as cargas que já existiam em março de 2021, o crescimento se mantém em dois dígitos, atingindo 23,3%. Na outra ponta, as maiores quedas foram registradas novamente por setores que sofrem impactos diretos da alta inflação, como têxteis (6,5%), Veículos (3,8%) e Manufaturados Diversos (1,8%).

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 5,8% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, eólicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 61,1%, seguido das eólicas (25,2%) e das hidráulicas (7,6%). Já as térmicas apresentaram queda de 20,0%.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 18/03/2022;
• As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
• Os dados de março de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 15 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em janeiro/21, foi de 3,43% e 3,59%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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