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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal - 290 2ª Edição - Nov/22

Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 30 de novembro de 2022.


Análise da CCEE

Dados de 1º a 30/11/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 30/11/21)

Informações de medição em 14/12/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica registrou queda de 1,2% em novembro. Enquanto o Ambiente de Contratação Regulada - ACR apresentou queda de 3,1%, o Ambiente de Contratação Livre - ACL cresceu 2,2%. Ao considerar apenas as unidades consumidoras que já existiam no ano anterior, o ACR minimiza a queda para 1,6% e o ACL inverte a tendência, caindo 0,4%. Neste mês foram exportados 368,7 MW médios para a Argentina. Uma vez considerada, o ACL cresceria 3,8% e o SIN cairia 0,6%.

Na análise regional, a influência da climatologia mais uma vez explica o comportamento do consumo em grande parte do SIN. As temperaturas verificadas na primeira quinzena do mês apresentaram valores atípicos na maior parte do país, com temperaturas máximas chegando a 10°C abaixo da média histórica no Rio de Janeiro e São Paulo. Embora as temperaturas tenham voltado a normalidade na segunda quinzena, as temperaturas máximas médias mensais apresentaram valores abaixo da média histórica e em relação a 2021 nas capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Com relação à região norte, as temperaturas apresentaram valores dentro da média história e semelhantes ao verificado em 2021. Neste cenário, destaque para os crescimentos no consumo do Maranhão (28,0%), Rondônia (15%) e Amazonas (8,0%). Entre as maiores quedas, Mato Grosso do Sul e Pernambuco (-9,0%), Rio Grande do Sul (-7,0%) e Paraná (-6,0%).

Embora registrando crescimento de 2,2%, o ACL marca em novembro a menor evolução do ano, invertendo a tendência e apresentando queda de 0,4% quando considera-se apenas as cargas que já existiam no mesmo mês de 2021. Destaque para as quedas nos setores de Madeira, Papel e Celulose (-2,0%), Minerais não-metálicos (-2,4%) e Têxteis (-6,5%). Enquanto nos dois últimos setores a tendência de queda já é observada em boa parte do ano, principalmente devido a conjuntura internacional, para madeira, papel e celulose a situação é observada pela primeira vez em 2022. Este ramo apresentou, em boa parte do ano, uma demanda aquecida, enquanto, por outro lado, as ofertas permaneciam estranguladas, ocasionadas por paradas não programadas, a guerra entre Ucrânia e Rússia e como consequência da crise logística internacional.

Percebe-se, no entanto, um afrouxamento deste cenário em novembro. Embora os estoques dos compradores em geral ainda estejam em níveis baixos, principalmente na Europa, a perspectiva cada vez maior de uma recessão em 2023 impacta negativamente na demanda, frustrando um aumento desta no curto prazo. Frisa-se também a tendência, nas últimas semanas, de reduções nos preços das toneladas de celulose e madeira no mercado internacional, indicando a prevalência de um cenário mais pessimista e potencialmente colaborando para a redução ou estagnação da produção do ramo como um todo a partir de 2023. Como resultado deste cenário, o consumo de energia elétrica do ramo de madeira, papel e celulose em novembro registrou queda de 2,0%, a primeira do ano. No ano acumula alta de 14,2%.

Na outra ponta, o ramo de saneamento apresentou o maior crescimento percentual entre os analisados pela CCEE, atingindo 13,1%, impulsionado pela entrada constante de novas unidades consumidoras e aliado ao aumento/melhoria da rede de atendimento. Para o acumulado do ano, setor apresenta crescimento de 12,5%, e mesmo considerando apenas as unidades consumidoras já existentes, mantém uma evolução positiva desde maio/22.

Destaques também para os setores de serviços, que sustenta alta de 5,9% mesmo diante de um cenário de pessimismo econômico para o último bimestre do ano (embora com queda de 0,5% expurgando as migrações), e de bebidas, que aproveitou a junção da copa do mundo com as festas de fim de ano para aumentar a produção e as vendas, atingindo crescimento de 4,2% no consumo de energia elétrica em novembro. Neste setor, dos 24 estados que registram consumo, 15 apresentaram evolução positiva, com as maiores no Rio de Janeiro (+21,1%), Pernambuco (+9,2%) e Minas Gerais (+4,4%). Entre as classes, destaque para a fabricação de cervejas (+2,49%).

No tocante à geração, com dados incompletos de medição, nota-se uma redução estimada de 2,8% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, as hidráulicas e as eólicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 47,7%, seguido das hidráulicas (20,2%) e das eólicas (1,0%). Já as térmicas apresentaram queda de 58,4%. No entanto, destaca-se que estes valores podem ser alterados até a publicação da contabilização referente a este mês.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

  • Este boletim foi publicado no dia 14/12/2022;
  • As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
  • Os dados de agosto de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 30 do mês de referência;
  • Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
  • Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
  • O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
  • O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em outubro/22, foi de 2,28% e 2,34%, respectivamente;
  • O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
  • As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br

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O conteúdo desta publicação foi produzido pela CCEE com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.

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