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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal- 276 - 2ª Edição - Abr/22

Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 30 de abril de 2022


Análise da CCEE

Dados de 1º a 30/04/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 30/04/21)

Informações de medição em 12/05/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no SIN registrou crescimento de 2,5% em abril de 2022 quando comparado com o mesmo mês de 2021. O Ambiente de Contratação Regulada - ACR, segue com tendência de alta, com aumento de 0,4%, assim como o Ambiente de Contratação Livre - ACL, que avançou 6,5%. Ao considerar apenas as cargas existentes em março/2021, o ACR cresce 2,2% e o ACL 3,1%.

Na análise regional, maiores quedas foram registradas nos estados do Rio Grande do Sul (-7%), Piauí (-6%), Pará (-5%) e Amazonas (-4%). Enquanto o Pará continua afetado pela redução do consumo no ACL, nos demais casos, as temperaturas menores e um volume de chuvas maior quando comparado com abril/21, foram os principais condicionantes para as quedas observadas.

Na outra ponta, as maiores altas ficaram com os estados do Mato Grosso (12%), Rondônia e Espírito Santo (11%) e Goiás (6%). Em todos os casos, embora o consumo do ACR tenha sido preponderante para o resultado, evoluções expressivas no ACL corroboraram para a alta. Nos casos de Mato Grosso e Espírito Santo, o setor de Minerais não-metálicos impactou positivamente o crescimento, com altas de 17,4% e 15,7% respectivamente. Já em Goiás e Rondônia, foi o ramo alimentício, bastante ligado à produção agrícola, que ajudou no crescimento, aumentando 5,1% no primeiro estado e 15,5% no último.

Para os ramos de atividade analisados pela CCEE, destaque para os de Serviços, com crescimento de 33,7%, seguido por Madeira, Papel e Celulose (20,0%), Bebidas (16,8%) e Comércio (16,1%). O crescimento de serviços é fortemente impactado pelo comportamento do subsetor de serviços combinados para apoio de edifícios, exceto condomínios prediais, onde se incluem os shoppings centers e centros comerciais em geral. Analisando apenas aquelas cargas que já existiam no ano anterior, este subsetor registrou avanço de 34,2% na comparação abril/22 com o mesmo período de 2021, puxando o consumo de energia elétrica do setor de serviços.

No ramo de comércio, ainda analisando apenas as cargas existentes no ano anterior, enquanto o consumo de energia elétrica de subsetores como comércio varejista de combustíveis e comércio de artigos do vestuário e acessórios crescem a maiores taxas, 17% e 30% respectivamente, o subsetor de atacado alimentício, hiper e supermercados se aproxima da estabilidade, recuando 0,8% no período analisado. Vale lembrar que o setor de varejo alimentício em geral (incluindo hiper, supermercados e atacarejos) é diretamente impactado pela alta inflação, que tende a reduzir o nível de vendas.

Entre as maiores quedas, destaque para Metalurgia e Produtos de Metal (-3,2%), Veículos (1,9%) e Têxteis (1,2%). Para Veículos, o lockdown imposto pela china em seu principal porto pode já estar ocasionando algum efeito sobre a entrega de insumos para as montadoras. Segundo dados da ANFAVEA, a produção de veículos apresentou queda de 2,9% na comparação abril/2022 com o mesmo mês de 2021.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 3,0% quando comparada ao mesmo período no ano anterior médios. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, eólicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 65,9%, seguido das eólicas (12,5%) e das hidráulicas (12,3%). Já as térmicas apresentaram queda de 44,8%.

Dado o cenário hidrológico favorável verificado desde outubro de 2021, a geração térmica vem apresentando valores inferiores ao ano anterior nos primeiros meses de 2022. As chuvas verificadas em abril de 2022 apresentaram valores superiores ao mesmo período do ano passado nas principais bacias do SIN, com destaque para os volumes acima da média histórica no baixo Paraná, beneficiando Itaipu. Esse cenário favoreceu uma maior geração hidráulica e uma consequente redução da geração térmica em relação ao ano anterior

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

  • Este boletim foi publicado no dia 12/05/2022;
  • As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
  • Os dados de abril de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 30 do mês de referência;
  • Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
  • Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
  • O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
  • O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em março/22, foi de 3,52% e 3,70%, respectivamente;
  • O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
  • As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br

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O conteúdo desta publicação foi produzido pela CCEE com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.

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