MERCADO QUINZENAL
InfoMercado Quinzenal - 268 2ª Edição - Dez/21
Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 31 de dezembro/2021
- Análise da CCEE
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Dados de 1º a 31/12/21 comparados com o mesmo período de 2020 (1º a 31/12/20)
Informações de medição em 05/12/2021, passíveis de ajustes no processo de contabilização
O consumo de energia elétrica no mês de dezembro registrou queda de 1,2% em comparação ao mesmo período de 2020. Este resultado foi impactado negativamente pelo Ambiente de Contratação Regulada - ACR, que caiu 3,7%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre - ACL cresceu 4,8%. Ao expurgar o efeito da migração entre os ambientes de contratação, o ACL permanece com leve alta de 0,2% e o ACR minimiza a queda para 1,8%.
Na análise regional, com o impacto dos dados faltantes, as maiores altas foram registradas nos estados do Maranhão (7%), Sergipe (7%), Mato Grosso do Sul (7%), Pará (6%), e 5% nos estados do Rio Grande do Norte e Alagoas. E com provável impacto de dados ausentes, as maiores quedas ficaram registradas no Distrito Federal (29%) e nos estados do Rio Grande do Sul (9%) e Rio de Janeiro (6%).
Dentre os 15 ramos de atividade econômica analisados pela CCEE, os maiores crescimentos foram observados em Saneamento (19,6%), Serviços (18,8%), Comércio (14,6%) e Madeira, papel e celulose (14,0%). O setor de serviços tem se beneficiado do fim das restrições sanitárias e as festas de fim de ano para manter um crescimento consistente, enquanto o setor de madeira, papel e celulose acompanhou o bom momento no mercado internacional no mês de dezembro. Já descontando o efeito da migração de cargas novas, o setor de serviços cresceu 7,3% e madeira, papel e celulose (12,0%).
Por outro lado, o avanço dos setores de saneamento e comércio permanece impulsionado pela migração de novas cargas e, uma vez que se expurga esse efeito, tais setores apresentam queda de 2,6% e 2,7% respectivamente.
Os setores que apresentaram as maiores retrações foram o de manufaturados diversos (3,2%), têxteis (11,2%) e veículos (12,3%). Em todos os casos, a alta base comparativa de dezembro de 2020 pode ser parte da explicação das quedas, e no caso do setor de veículos, a crise mundial na produção e distribuição de semicondutores também é responsável redução observada.
No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se uma redução estimada de 0,9% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, hidráulicas e eólicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.
Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de (57,9%), seguido das hidráulicas (4,0%) e eólicas com um leve crescimento de 0,7%. Já com relação às térmicas a queda apresentada foi de (17,7%).
As chuvas observadas em dezembro de 2021 seguiram o mesmo padrão verificado no mês anterior, novembro de 2021. Quando comparado com o mesmo período no ano anterior, as chuvas performaram com volumes superiores em 2021 nas principais bacias do SIN, acarretando assim em um aumento da geração hidráulica.
Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:
- Este boletim foi publicado no dia 05/01/2022;
- As análises consideram a comparação do período de 2021 em relação ao mesmo período de 2020;
- Os dados de dezembro de 2021 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
- Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
- Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
- O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
- O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em novembro/21, foi de 2,75% e 2,82%, respectivamente;
- O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
- As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.
Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br
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