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Consumo de energia segue em alta, com avanço de 1,9% na primeira quinzena de maio

Com cenário hidrológico mais favorável, termelétricas recuaram mais e as usinas hidrelétricas aumentaram participação na geração de energia

Publicado em: 26/05/22 09:19 hs | Atualizado em 26/05/22 09:28 hs

A imagem mostra um panorama de cidade noturna, com luzes e prédios

O Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE registrou o consumo de 62.953 megawatts médios nas duas primeiras semanas de maio, alta de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados preliminares apontam para crescimento tanto no mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas, quanto para o mercado livre, no qual a indústria e grandes corporações adquirem eletricidade.

O Ambiente de Contratação Regulada – ACR consumiu cerca de 65% do total, montante que corresponde a um aumento de 2,5% no comparativo anual. Os demais 35% foram comercializados por meio do Ambiente de Contratação Livre – ACL, que apresentou volume 0,9% maior do que em 2021. Caso desconsiderássemos a migração de novas cargas entre os segmentos nos últimos 12 meses, o mercado regulado teria crescido 4%. Já o livre teria uma redução, de 1,8%.

Além da movimentação de consumidores, a geração distribuída, ou seja, os painéis solares instalados em residências e empresas, também podem impactar o ACR, diminuindo a demanda do Sistema Interligado Nacional – SIN. Sem esse tipo de tecnologia, o mercado teria apresentado crescimento de 4,3%.

Consumo por ramos de atividade econômica

A CCEE monitora o consumo de energia elétrica em 15 ramos de atividade econômica que adquirem o insumo no mercado livre. No comparativo anual e excluindo a migração, na primeira quinzena de maio o ramo de Serviços liderou o ranking com alta de 11,1%, reflexo da recuperação do setor, que seguia fortemente impactado pela pandemia no início de 2021. 

A indústria de Madeira, Papel e Celulose teve um acréscimo semelhante, de 10,9%. Na avaliação da Câmara de Comercialização, um dos principais motivos é que empresas dessa área estão operando na capacidade máxima para atenderem a demanda internacional, uma vez que toda a produção europeia foi impactada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Entre os setores que registraram queda estão a fabricação de Veículos, com recuo de 10,4%, ainda sob impacto do lockdown no porto de Xangai, que tem dificultado a importação de matéria-prima para a indústria automotiva, o ramo têxtil, com redução de 8,6%, e Químicos, com queda de 5,3%.

Consumo regional

Na avaliação regional, as temperaturas mais altas influenciaram o aumento do consumo de energia em Rondônia (32%), Mato Grosso (23%) e Tocantins (20%). Em contrapartida, a CCEE registrou queda de 26% no Rio Grande do Sul, 8% em São Paulo, 4% no Pará e 1% no Acre. Vale reforçar que os dados são preliminares e sofrerão alterações até o fechamento da contabilização do mês.

Geração de energia

O cenário hidrológico mais favorável continua aumentando a participação das hidrelétricas na oferta de energia. Nas duas primeiras semanas deste mês, as usinas entregaram 7,3% mais eletricidade ao Sistema do que no ano passado. Consequentemente, as térmicas recuaram 34,8%. A produção de energia solar cresceu 60,1% no período e a geração eólica avançou 29,5%.

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