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Consumo de energia elétrica sobe 1,2% em maio, segundo CCEE

Mercado Livre, que atende indústria e grandes empresas, continua apresentando as maiores altas, enquanto o ambiente regulado recua pelo segundo mês consecutivo

Publicado em: 20/06/22 14:27 hs | Atualizado em 20/06/22 14:37 hs

Imagem de uma mão feminina que liga ou desliga um interruptor. Acima dela, vemos engrenagens e, dentro de cada uma, fotos de usinas de geração de energia.

O consumo de energia elétrica no Brasil segue em ritmo de crescimento e, pelo quarto mês consecutivo, apresentou alta na comparação com 2021. O volume consumido no país em maio alcançou os 63.169 megawatts médios, cerca de 1,2% a mais do que no ano passado, segundo dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

O avanço tem sido motivado principalmente pelos setores da indústria e as grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, que compram energia no mercado livre. O resultado cresceu 5,8% no comparativo anual, o que levou o segmento a representar quase 37% do total consumido no país. Na avaliação da CCEE, o crescimento é sinal da retomada de setores importantes da economia, sobretudo o de Serviços, e do bom momento para as exportações.

Já no mercado regulado, que consumiu pouco mais de 40 mil megawatts médios, houve uma redução de 1,3% frente a maio de 2021. O ambiente, no qual as pequenas e médias empresas e as residências compram energia por meio das distribuidoras, foi muito afetado pela queda das temperaturas em boa parte do Brasil a partir da segunda quinzena do mês, incomum para este período do ano.

Como há uma constante migração entre os mercados regulado e livre que influencia os dados, a CCEE também monitora o consumo em cada segmento desconsiderando esse efeito. Excluindo as cargas que mudaram seu regime de contratação nos últimos 12 meses, o ambiente livre teria crescido cerca de 2,7% e o regulado teria um pequeno avanço, de 0,4%.

Outro fator que pode impactar os resultados é a geração distribuída, uma vez que os painéis solares instalados em residências e empresas reduzem a demanda do Sistema Interligado Nacional – SIN. Sem esse tipo de tecnologia, o mercado regulado teria registrado uma alta de 0,5%.

Consumo por ramos de atividade econômica

A CCEE monitora o consumo de energia elétrica em 15 setores da economia que contratam seu fornecimento no ambiente livre. Mesmo desconsiderando a migração de cargas, o segmento de Madeira, Papel e Celulose teria apresentado a maior alta em maio, de 20,6% na comparação anual, seguido por Serviços (12,8%) e Bebidas (7,8%). As maiores baixas foram registradas pela indústria Têxtil (-1,7%), o Comércio (-1,7%) e Químicos (-2,1%).

Consumo regional

Em relação ao mesmo período do ano passado, Rondônia registrou a maior taxa de crescimento, de 14%, com destaque para a alta do consumo no mercado regulado e nos segmentos de Extração de Minerais Metálicos e Serviços. Os maiores recuos foram observados no Mato Grosso do Sul (-6%), Pará (-4%) e Piauí (-3%), regiões influenciadas pela baixa temperatura e pelas chuvas do último mês.

Geração de energia

A geração de energia nas usinas hidrelétricas avançou 11,1% na comparação com 2021, resultado do cenário hidrológico mais favorável. Consequentemente, o despacho de termelétricas foi menor e esse tipo de fonte recuou 37,2%. Destaque para a geração solar fotovoltaica, que segue em ritmo de crescimento, com avanço de 52,6% em maio. Já as eólicas avançaram 10,5%.

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