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Consumo de energia elétrica recuou em novembro, segundo CCEE

No mercado livre houve alta, mas não o suficiente para superar a queda acentuada no ambiente regulado, impactado por temperaturas mais amenas em boa parte do país

Publicado em: 23/12/22 12:00 hs | Atualizado em 23/12/22 12:08 hs

A imagem mostra uma mulher em uma cena noturna de cidade. Ela usa seu celular, enquanto anda pelas ruas iluminadas.

Depois da alta em outubro, o Brasil consumiu 64.877 MW médios de energia elétrica em novembro, volume 1,2% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. O mercado livre, em que as grandes indústrias e empresas contratam seu fornecimento das geradoras ou comercializadoras, registrou crescimento de 2,2% no comparativo com 2021. O resultado, porém, não foi suficiente para compensar a queda de 3,1% do ambiente regulado, no qual as distribuidoras vendem o insumo para as residências e o médio ou pequeno comércio.

Os dados são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Para a organização, os dados refletem temperaturas abaixo da média histórica em boa parte do Brasil, sobretudo na primeira quinzena. Com dias mais frios, há a menor necessidade de acionamento de equipamentos de refrigeração, como aparelhos de ar-condicionado.

Desconsiderando o efeito das migrações de consumidores entre os segmentos, o mercado regulado teria apresentado uma retração mais suave, de 1,6%, enquanto o ambiente livre teria invertido sua posição de crescimento, com uma queda de 0,4% no resultado. A indústria têxtil, o comércio e o ramo de minerais não-metálicos foram os principais impactados por uma menor demanda por eletricidade.

Além disso, caso não houvesse a micro e minigeração distribuída, ou seja, os painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e nos estabelecimentos comerciais, o mercado das distribuidoras teria registrado uma redução de apenas 0,1%. 

Consumo por ramos de atividade econômica

Entre os 15 setores da economia com contratos no no mercado livre, desconsiderando a migração de cargas, os que tiveram as maiores reduções no consumo de energia elétrica foram têxteis (-8,3%), comércio (-4,7%) e minerais não-metálicos (-4,5%). Por outro lado, houve mais crescimento nos ramos de extração de minerais metálicos (3%), bebidas (2,8%) e metalurgia e produtos de metal (2,5%). 

Consumo regional

Em novembro, a região Norte e parte do Centro-Oeste registraram altas, além do Maranhão, que teve o maior crescimento, de 28%, seguido por Rondônia (15%) e Amazonas (8%). Enquanto isso, o Sul, uma parte da região central e quase todos os estados do Sudeste e do Nordeste tiveram queda. As maiores baixas foram observadas em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, ambos com declínio de cerca de 9%, seguidos pelo Paraná (-7%).

Geração de energia

As hidrelétricas chegaram ao final do período seco e início do ciclo chuvoso com aumento de 20,2% na geração de energia, no comparativo com novembro de 2021. Enquanto isso, a produção das térmicas caiu 58,4%. Mais uma vez, o período foi favorável para a produção das renováveis, com avanço de 47,7% das fazendas solares fovoltaicas e 1% dos parques eólicos.

Exportação

Ainda em novembro, o Brasil exportou 368 megawatts médios de energia elétrica para a Argentina. Pela contabilização do setor, a venda de excedentes para países vizinhos é registrada como um “consumo” no segmento de Serviços. Levando em consideração esse efeito, o volume consumido no Sistema Interligado Nacional – SIN teria caído 0,6% frente ao mesmo mês do ano passado.

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