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Com retorno de dias mais quentes, consumo de energia volta a crescer em outubro, aponta CCEE

Mercado regulado, que abastece pequenas empresas e residências, registrou a maior alta do ano

Publicado em: 21/11/22 14:49 hs | Atualizado em 21/11/22 14:55 hs

Imagem mostra uma mulher branca, de terno, em uma cena noturna de cidade. Ela usa o seu smartphone enquanto anda pelas ruas.

O consumo de energia voltou a subir no Brasil em outubro, com o aumento da temperatura média em boa parte dos estados. Após um resultado em setembro que sofreu os impactos de chuvas e do frio, o país utilizou, no mês passado, 65.912 megawatts médios, uma alta de 2,5% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados preliminares são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

O destaque ficou por conta do mercado regulado, em que pequenas empresas e residências compram seu fornecimento das distribuidoras. O ambiente registrou o maior crescimento desde janeiro, de 1,3% na comparação anual, alcançando os 42.174 megawatts médios. O segmento é altamente influenciado por fatores meteorológicos, com o uso mais intenso de equipamentos de refrigeração em dias mais quentes, por exemplo, o que explica o aumento nas regiões Norte, Sudeste e em parte do Nordeste.

O mercado livre, no qual grandes grupos do comércio, varejo e da indústria negociam energia diretamente com geradoras ou comercializadoras, foi responsável pelo consumo de 23,738 megawatts médios, montante 4,8% superior a 2021.

A Câmara de Comercialização também faz uma análise dos dados desconsiderando o efeito de migração de consumidores entre os dois ambientes nos últimos 12 meses. Neste caso, o ambiente livre teria um crescimento de 2,2%, enquanto o regulado avançaria 2,7%. Outro fator que pode influenciar é a micro e minigeração distribuída, que são os painéis solares fotovoltaicos. Se não houvesse esse tipo de tecnologia, o crescimento do consumo das distribuidoras seria de 4,0%. 

Ramos de atividade econômica

Entre os 15 setores da economia que compram energia no mercado livre, os ramos que mais ampliaram o seu consumo foram o de Madeira, Papel e Celulose (9%), seguido por Veículos (6,5%) e Saneamento (6,4%). As três áreas com maiores reduções foram: Químicos (-0,8%), Minerais Não-Metálicos (-4,5%) e Têxteis (-4,9%). Os dados desconsideram a migração das cargas entre os ambientes.

Consumo regional

No comparativo anual, boa parte do país registrou aumento no consumo de energia elétrica em outubro, com destaque para o Maranhão, com alta de 29%, seguido pelo Tocantins (17%) e Rio de Janeiro (7%), fortemente influenciados pelos dias de sol mais intenso e menor quantidade de chuva. No outro extremo, Pernambuco apresentou declínio de 5%, e o Rio Grande do Sul de 4%.

Geração de energia

As hidrelétricas forneceram 44.291 MW médios ao Sistema Interligado Nacional – SIN, avanço de 25,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Consequentemente, as termelétricas recuaram 55,3%, entregando 9.301 MW médio para a rede. Neste período as usinas solares fotovoltaicas produziram 1.879 MW médios, aumento de 70,8%, enquanto os parques eólicos geraram 13.101 MW médios, crescimento de 32,5% frente a 2021.

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