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Chuva e frio impactam consumo de energia em setembro, segundo CCEE

Resultado foi influenciado pela forte retração no mercado regulado, que atende residências e estabelecimentos comerciais

Publicado em: 26/10/22 17:16 hs | Atualizado em 26/10/22 17:27 hs

A foto mostra uma mulher branca, de terno claro, em uma cena noturna de cidade. Ela usa seu smartphone enquanto anda.

O volume elevado de chuvas no Sudeste e no Sul, aliado às temperaturas abaixo da média histórica em boa parte do país, reduziram em 2,5% o consumo de energia elétrica no Brasil em setembro frente ao mesmo período do ano passado. As informações preliminares são do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

A retração foi puxada pelo mercado regulado, no qual pequenos estabelecimentos comerciais e residências compram seu fornecimento diretamente de distribuidoras. O segmento utilizou 40.690 megawatts médios, volume 6% inferior no comparativo anual, muito por conta do menor uso de equipamentos de refrigeração, como aparelhos de ar-condicionado.

Já no mercado livre, que abarca parte dos consumidores industriais e grandes empresas, o resultado continua crescendo. Em setembro, o ambiente consumiu 23.629 MW médios, montante 4,4% maior frente ao mesmo mês em 2021. Para a CCEE, a alta se explica pela maior atividade em setores produtivos importantes, sobretudo aqueles voltados à exportação, bem como pela entrada de novos consumidores.

Como a intensa migração de agentes entre os mercados pode influenciar os dados, a CCEE também apura o consumo desconsiderando o efeito. Neste cenário, o ambiente livre teria um avanço menor, de 1,8%, enquanto o regulado teria registrado um declínio de -4,7%. 

Outro fator que impacta é o crescimento da geração distribuída, ou seja, dos painéis solares fotovoltaicos instalados em residências e empresas e que podem reduzir a demanda por energia na rede elétrica. Se não houvesse esse tipo de sistema, o consumo do mercado regulado amenizaria a queda para 3,3%.


 

Consumo por ramos de atividade econômica

Entre os 15 setores da economia monitorados pela CCEE e que atuam no mercado livre, o maior aumento foi registrado no ramo de Madeira, Papel e Celulose, que, desconsiderando a migração de cargas, avançou 11,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, destaque para Extração de Minerais Metálicos (10,8%) e Saneamento (4,4%). Entre os que mais recuaram, estão o Comércio (-8,1%), seguido por Transporte (-6%) e Têxteis (-5,7%).

Consumo regional

No comparativo anual, mais da metade dos estados registrou queda no consumo de energia elétrica em setembro, com destaque para o Mato Grosso do Sul (-15%) e Rio de Janeiro (-11%), resultado de um maior volume de chuvas e de baixas temperatura nestas regiões. 

O inverso aconteceu em boa parte da região Norte, onde o clima mais quente aumentou a demanda, especialmente em Rondônia, com alta de 15%. No Nordeste, o Maranhão teve a maior taxa de aumento do país, 21%, mas o avanço tem relação com o aumento gradativo de um grande consumidor do mercado livre. 

Geração de energia

A participação das hidrelétricas na produção de energia segue em alta, com crescimento de 24,8% em setembro, frente a igual período do ano passado. Consequentemente, as termelétricas ocupam menos espaço no fornecimento de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional - SIN e recuaram 57% no último mês. A geração solar, segmento em ascensão no Brasil, registrou aumento de 54,9%, enquanto a produção eólica entregou 18,3% mais eletricidade.

Exportação para Argentina

O Brasil também exportou 893,4 megawatts médios para a Argentina. Pela contabilização do setor, a venda de excedentes para é registrada como um “consumo” no segmento de Serviços. Levando em consideração esse efeito, o volume consumido total do país teria crescido em 1,1% frente ao mesmo mês do ano passado.

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