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CCEE apresenta proposta para implementação mercadológica das Usinas Híbridas no Brasil

Documento, entregue no final de março, deve ser analisado pela Aneel para ser submetido à consulta pública. Expectativa é que projetos híbridos passem a ser adotados já no início de 2023

Publicado em: 04/04/22 14:39 hs | Atualizado em 05/04/22 09:03 hs

Representação em desenho de uma usina hidrelétrica ao lado de uma usina solar e eólica.

No último dia 30 de março, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizou a entrega do pacote de Regras e Procedimentos de Comercialização (PdCs) que devem regulamentar a operação mercadológica das Usinas Híbridas no Brasil. O documento foi apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conforme diretrizes da Resolução Normativa nº 954/21, que previa a entrega, pela CCEE, de um pacote com a proposta de aprimoramentos das Regras que permita a chegada ao mercado de mais essa possibilidade de negócios no setor elétrico brasileiro.

As Usinas Híbridas devem representar mais um avanço nas alternativas de geração do país, permitindo a combinação entre múltiplas matrizes e possibilitando ganhos sinérgicos e financeiros para agentes que adentrarem à categoria. A pauta, que já vem sendo debatida há alguns anos, ganhou força em 2021 com a aprovação da Resolução 954, que estabelece prazos para a chegada da modalidade.

Como operadora do mercado brasileiro de energia elétrica, a CCEE realizou análises e definiu os primeiros passos para a criação do cenário mercadológico que abarque esses novos projetos. “Assim como fazemos em todos os temas que tangem o setor elétrico brasileiro, mais uma vez, apresentamos um material robusto e consistente, que deve possibilitar um cenário atrativo e seguro ao agente que optar por essa nova modalidade, possibilitando competitividade e oportunidade de negócios”, comenta Talita Porto – vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE.

A expectativa é que o material passe por análise interna da Aneel que, ainda em 2022, deve abrir consulta pública sobre o tema, a fim de avançar com as definições acerca do cenário que será constituído para as Usinas Híbridas no Brasil. Alguns arranjos específicos já podem ser operacionalizados de imediato pela CCEE, sem a necessidade de alteração das Regras e Procedimentos de Comercialização, porém é esperado que todas as modalidades de negócios estejam disponíveis ainda no início de 2023.

Usinas Híbridas

A combinação da diversidade de fontes que podem se complementar já é uma realidade em aplicação no Brasil, porém ainda em pequena escala, majoritariamente voltada a projetos piloto e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A proposta dessa modalidade é que ocorra o compartilhamento do sistema de escoamento da energia, permitindo uma produção mais estável, reduzindo a exposição das variações do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) ao longo do dia e otimizando o uso da rede.

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