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Brasil consumiu 1,4% mais energia elétrica no primeiro semestre, segundo prévia da CCEE

Crescimento puxado pelo mercado livre, que fornece energia para grandes empresas, se explica pela retomada de setores como Serviços e Bebidas, além do bom momento para exportações

Publicado em: 26/07/22 15:30 hs | Atualizado em 26/07/22 15:37 hs

A imagem mostra uma mulher branca que usa seu celular em uma cena noturna de cidade

O Brasil consumiu 66.028 megawatts médios de energia elétrica no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Na análise da organização, o aumento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2021 se deu principalmente por conta da retomada das atividades em alguns setores importantes da economia, como Bebidas, Alimentos e Serviços, além do bom momento para exportações.

O avanço foi impulsionado pela alta de 6,6% registrada no mercado livre. O ambiente, que fornece energia para a indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, utilizou 23.428 MW médios, volume que representa 35,5% do consumo total nos primeiros seis meses do ano.

Os outros 64,5% do total, que representam 42.599 MW médios, foram destinados ao mercado regulado, que abastece pequenas empresas e as residências. O segmento, porém, recuou 1,3% no comparativo anual. Para a CCEE, a queda é reflexo tanto da saída de consumidores para o ambiente livre como do crescimento de instalação de sistemas de micro e minigeração distribuída, ou seja, painéis solares instalados em residências e empresas, que reduzem a demanda na rede elétrica.

Se desconsiderássemos a migração entre os dois ambientes, o regulado apresentaria alta de 0,4%, enquanto o livre teria um crescimento menos acentuado, de 2,9%. Sem a tecnologia para geração da própria energia, haveria uma alta de 0,5% no volume consumido pelo ACR.

Consumo por ramos de atividade econômica

Entre os 15 setores da economia com consumo de energia monitorados pela CCEE, nos seis primeiros meses deste ano as maiores taxas de aumento foram registradas no ramo de Serviços (29%), Madeira, Papel e Celulose (16%) e Bebidas (6%). A indústria têxtil teve a maior queda, de 5%, enquanto comércio, metalurgia e produtos de metal, minerais não-metálicos, telecomunicações e veículos registraram redução de 1%, cada setor.

Consumo regional

Apenas oito dos 26 estados que integram o Sistema Interligado Nacional – SIN tiveram quedas no consumo de energia no primeiro semestre em relação a 2021. O bom desempenho dos setores que negociam seu fornecimento no mercado livre levou ao crescimento em regiões da Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Nos locais onde houve redução, a CCEE observou maiores quantidades de chuvas e temperaturas mais amenas, que levaram a um menor uso de aparelhos como ar-condicionado e, consequentemente, a uma redução da demanda por energia.


 

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