MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 30/06/23 comparados com o mesmo período de 2022 (1º a 30/06/22)

Informações de medição em 14/07/2023, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, apresentou alta de 1,7% no mês de junho quando comparado ao mesmo mês de 2022. O Ambiente de Contratação Livre - ACL cresceu 1,5%, e o Ambiente de Contratação Regulado - ACR avançou de 1,8%. Foram exportados 1.480,2 MW médios, que se considerados levam o SIN a um avanço de 2,1% (também levando em conta a exportação de 1.168,0 MW médios em junho/2022)

Na análise regional, o consumo de energia elétrica das residências e pequenos comércios (ACR), foi impactado por um volume de chuvas maior e temperaturas maiores nas regiões nordeste, norte e parte do centro-oeste, sudeste e sul, foi maior em grande parte do Brasil. Os maiores avanços ficaram com os estados do Amazonas (+14,2%), Ceará (12,6%), Rondônia (12,3%) e Paraíba (11,8%). Na outra ponta, com um volume maior de chuvas e/ou temperaturas mais amenas, os estados do Mato Grosso do Sul (-7,9%), Rio Grande do Sul (-7,0%) e Minas Gerais (-4,8%) apresentaram queda.

Entre os ramos de atividade analisados pela CCEE, os maiores crescimentos permanecem para os setores de extração de minerais metálicos (+10,8%), comércio (6,0%) e alimentícios (4,8%), seguindo a tendência observada no mês anterior.

Na outra ponta, redução no consumo observada no ramo de têxteis (-4,6%), e veículos (-4,4%). Para têxteis, segue os desafios da concorrência externa, enquanto para o setor veículos, embora com aumento de vendas por conta de incentivos governamentais, a produção foi impactada negativamente por paralisações por parte de grandes montadoras de São Paulo e Minas Gerais.

Novamente teve-se um recorde de migrações de unidades consumidoras para um mês de junho, com 549 novas unidades consumidoras - UCs de consumidores livres e especiais. Considerando migrações via agente varejista, são 613 novas unidades consumidoras no mercado livre. No ano, são 3.330 novas UCs.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um crescimento estimado de 2,4%, quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, as eólicas e as térmicas apresentaram aumento, enquanto as hidráulicas registraram queda. 

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 64,8%, seguido das eólicas (45,8%) e das térmicas (15,5%). Com relação às hidráulicas, estas apresentaram quedas de 9,2%. Entre as fontes, enquanto as  gerações das eólicas e das solares permanecem impactadas positivamente por boas condições climáticas e pela entrada de novas usinas, as térmicas foram impulsionadas pela baixa base comparativa das nucleares, uma vez que Angra II realizou uma parada para manutenção programada em junho/22.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 14/07/2023;
• As análises consideram a comparação do período de 2023 em relação ao mesmo período de 2022;
• Os dados de junho de 2023 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 30 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em maio/23, foi de 2,73% e 2,83%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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