MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 31/07/23 comparados com o mesmo período de 2022 (1º a 31/07/22)

Informações de medição em 14/08/2023, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, apresentou alta de 0,4% no mês de julho quando comparado ao mesmo mês de 2022. O Ambiente de Contratação Livre - ACL apresentou queda de 0,4%, e o Ambiente de Contratação Regulado - ACR avançou de 0,8%. Foram exportados 1.148,9 MW médios, que se considerados levam o SIN a um avanço de 0,6% (também levando em conta a exportação de 985,9 MW médios em julho/2022)

Na análise regional, o consumo de energia elétrica das residências e pequenos comércios (ACR) foi impactado por temperaturas máximas maiores nas regiões nordeste, norte e parte do centro-oeste, enquanto nas regiões sul e sudeste as temperaturas foram menores em relação a julho de 2022. Este cenário foi decisivo para que as maiores altas no mercado regulado ficassem com os estados Amazonas (+12,2%), Ceará (9,5%), Paraíba (9,3%) e Sergipe (7,9%), e as maiores quedas fossem observadas nos estados do Mato Grosso do Sul (-10,1%), Rio de Janeiro (4,9%), Minas Gerais (-3,1%) e Rio Grande do Sul (-2,5%)

Entre os ramos de atividade analisados pela CCEE, ainda que com menor ímpeto, os maiores crescimentos permanecem para os setores de extração de minerais metálicos (5,9%%), alimentícios (3,2%) e bebidas (1,9%), seguindo a tendência observada no mês anterior.

As maiores quedas foram registradas nos ramos de veículos e químicos. Para o ramo de veículos, os estímulos governamentais serviram mais para reduzir estoques do que aumentar ou manter a produção, com as fábricas em julho e julho paralisando linhas de produção e dando férias coletivas. O rebatimento pode ser observado tanto na produção quando no consumo de energia elétrica na comparação julho de 2023 com o mesmo mês de 2022. Enquanto a produção caiu 16% segundo dados da ANFAVEA, o consumo de energia elétrica para o ramo, observado pela CCEE, apresentou redução de 6,8%.

A queda seria ainda maior, mas foi amenizada pelo setor de duas rodas. Enquanto as subclasses relacionadas à fabricação de automóveis tiveram queda de 7,2% no consumo de energia elétrica, impulsionada pela redução expressiva de 8,9% no estado de São Paulo, as subclasses relacionadas à fabricação de motocicletas registraram alta de 9,2% no consumo de energia elétrica, apoiada pelo setor de duas rodas do estado do Amazonas, que avançou 8,2%.

Já para a indústria química, a queda de 6,6% é resultado da menor produção da indústria, que tem reclamado da concorrência externa, principalmente China e Estados Unidos, que se beneficiam de matérias-primas mais baratas. Os principais subsetores que colaboraram para a redução no consumo de energia elétrica foram a fabricação de produtos petroquímicos básicos (-7,1%) e fabricação de produtos químicos orgânicos (-35,6%).

O volume de migrações de unidades consumidoras para um mês de julho acompanhou a tendência de alta observada durante todo o primeiro semestre de 2023, registrando 555 novas unidades consumidoras - UCs de consumidores livres e especiais. Considerando migrações via agente varejista, são 669 novas unidades consumidoras no mercado livre. No ano, até julho/23, são 3.999 novas UCs.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um crescimento estimado de 0,9%, quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, as eólicas e as térmicas apresentaram aumento, enquanto as hidráulicas registraram queda. Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 65,4%, seguido das eólicas (19,7%) e das térmicas (11,2%), enquanto as hidrelétricas registraram queda de 7,8%.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 14/08/2023;
• As análises consideram a comparação do período de 2023 em relação ao mesmo período de 2022;
• Os dados de julho de 2023 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em julho/23, foi de 2,81% e 2,89%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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