MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 31/05/23 comparados com o mesmo período de 2022 (1º a 31/05/22)

Informações de medição em 15/06/2023, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, apresentou alta de 2,9% no mês de maio quando comparado ao mesmo mês de 2022. O Ambiente de Contratação Livre - ACL apresentou alta de 1,9%, e o Ambiente de Contratação Regulado - ACR crescimento de 3,4%. Foram exportados 1.026,3 MW médios, que se considerados levam o SIN a um avanço de 4,1% (também levando em conta a exportação de 209 MW médios em maio/2022)

Na análise regional, considerando as residências e pequenos comércios (ACR), o consumo de energia elétrica é bastante impactado pelo volume de chuvas e temperaturas. Com influência de maiores temperaturas em relação a maio/22, os maiores avanços ficaram com os estados do Mato Grosso (+16,5%), Ceará (10,4%), Maranhão (10,2%) e Rondônia (9,3%). Na outra ponta, com um volume maior de chuvas e/ou temperaturas mais amenas, os estados do Espírito Santo (-5,7%) e Rio Grande do Sul (-4,0%) e Minas Gerais (-1,8%) apresentaram queda.

Entre os ramos de atividade analisados pela CCEE, os maiores crescimentos foram dos setores de extração de minerais metálicos, comércio e alimentícios. No ramo de extração de minerais metálicos, ainda que o preço de algumas commodities tenha registrado oscilação no mercado internacional como resposta a indicadores econômicos negativos principalmente por parte da China, o consumo de energia elétrica do setor no Brasil segue apresentando alta, com a extração de minérios de cobre e chumbo liderando o avanço (+42,2%), seguido por extração de minério de alumínio (+13,4%) e extração de minério de ferro (+9,2%). No todo, o consumo de energia elétrica cresceu 9,6%.

Para o ramo de comércio, com a inflação impactando menos, principalmente para produtos primários como carnes e grãos, o consumo de energia elétrica no apresentou crescimento de 7,7%, impulsionado pelo avanço dos super (+8,3%) e hipermercados e atacarejo (+9,0%). O setor registra crescimento desde dezembro de 2022.

Já o setor de alimentícios, com alta de 6,1%, continua aproveitando o bom momento das exportações, que não foram impactadas pelos recentes casos de gripe aviária. O abate de aves (8,6%), bovinos (12,8%) e suínos (7,0%) impulsionaram o crescimento do setor.

Na outra ponta, o ramo de serviços apresentou a maior queda em maio, bastante impactado pela redução no consumo de dois grandes consumidores do estado do Rio de Janeiro. Ainda que subsetores ligados ao turismo, como hotéis (+10%) e logística, como carga e descarga (+8%) e organização de transporte de carga (+41%) tenham amenizado a queda, o ramo apresentou retração de 6,0% em maio, permanecendo na tendência de queda registrado desde dezembro de 2022.

Destaca-se também a quantidade de migrações registrada em maio/23, com 571 novas unidades consumidoras - UCs de consumidores livres e especiais. Considerando migrações via agente varejista, são 671 novas unidades consumidoras no ACL, a maior de série histórica para o mês. No ano, são 2.387 novas UCs associadas a consumidores livres e especiais e 2.717 quando se considera as migrações via agente varejista, também o maior valor de toda a série histórica.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 2,8%, quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, as eólicas e as térmicas apresentaram crescimento, enquanto as hidráulicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 76,8%, seguido das eólicas (18,9%) e das térmicas (5,4%). Já com relação às hidráulicas, esta apresentou queda de 2,0%.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

·         Este boletim foi publicado no dia 15/06/2023;

·         As análises consideram a comparação do período de 2023 em relação ao mesmo período de 2022;

·         Os dados de maio de 2023 apurados compreendem o período entre os dias 01 à 31 do mês de referência;

·         Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;

·         Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;

·         O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;

·         O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em abril/23, foi de 2,82% e 2,91%, respectivamente;

·         O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;

·         As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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