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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal - 257 - 1ª Edição - Julho/2021

Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 15 de julho/2021


Análise da CCEE

Na primeira quinzena de julho de 2021, o consumo de energia elétrica no SIN apresentou crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com os dados prévios de medição. Este resultado foi influenciado pelo Ambiente de Contratação Livre - ACL, que mantém trajetória de crescimento, com alta de 13,3%. Por outro lado, o Ambiente de Contratação Regulada - ACR registrou queda de 4,1%, com provável impacto da ausência de dados de medição e de temperaturas mais baixas no sul, sudeste e centro-oeste no mesmo período de análise. Ao excluir o efeito das migrações entre os ambientes, o ACL cresceria 8,4%, enquanto o ACR reduziria a queda para 1,8%.

Na análise regional, os maiores crescimentos foram registrados pelos estados do Espírito Santo e Ceará (10,0%), Paraíba e Santa Catarina (9,0%), Maranhão (7,0%) e Sergipe e Pará (6,0%). Nos casos específicos dos estados de Sergipe e Pará, o crescimento foi impulsionado pelos consumidores livres. Em Sergipe esta classe registrou crescimento de 120% (com destaque para os setores de químicos e têxteis), enquanto no Pará a alta foi de 10% (destaque para os ramos de metalurgia e produtos de metal e extração de minerais metálicos).

Para os ramos de atividade, sem considerar o efeito das migrações entre os ambientes, o setor têxtil avançou 26,3% nos primeiros 15 dias de julho, com destaque para os avanços nos estados com maior importância neste setor, como Minas Gerais (35,9%), Ceará (32,1%), Santa Catarina (27,5%), São Paulo (25,6%). Ainda que o ambiente externo favorável possa indicar a motivação deste crescimento, de acordo com a Serasa Experian, este aumento também pode estar relacionado com o aumento de vendas devido ao início do inverno no sul e sudeste do país.

Outro setor a registrar forte crescimento na primeira quinzena de julho foi o de serviços, registrando alta de 35,8%, puxado principalmente por Pernambuco (47,0%), Minas Gerais (42,8%), Paraná (46,4%), São Paulo (27%,0) e Rio de Janeiro (25,4%). Este crescimento é provável reflexo do retorno aos níveis pré-pandemia de abertura da economia.

O setor de comércio fecha os maiores crescimentos, apresentando alta de 19,2%. Neste caso, este avanço foi puxado pelo número de novos consumidores que migraram para este ramo (um crescimento de 108,9% nos consumidores livres e 32,4% nos consumidores especiais). Ao desconsiderar estas novas cargas o setor apresenta queda de 2,4%.

Com queda de 11,8%, o setor de bebidas apresentou a maior retração do período. Neste caso, pesquisa realizada por EXAME/IDEIA em junho/julho já indicava que a inflação foi percebida com maior intensidade para o setor de alimentos e bebidas, indicando possivelmente uma queda no consumo que pode ter impactado o consumo de energia elétrica neste setor.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se uma evolução estimada de 1,97%, já considerando o montante de energia elétrica importada de 516,76MW médios na primeira quinzena de julho [1] , quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, a maioria delas apresentou aumento, seguindo o mesmo comparativo com o ano anterior.

Em uma escala percentual decrescente, as térmicas apresentaram um crescimento de 107,6%, eólicas (38,2%) e fotovoltaicas (12,4%). A exceção foi por parte das hidráulicas que apresentaram uma queda de 24,2%. Esse fato pode ser justificado por conta da Energia Natural Afluente (ENA), em termos médios mensais, estar atingindo os piores índices do histórico para o SIN desde abril de 2021. Esse cenário impacta diretamente na redução da geração hidráulica e o aumento da geração térmica, quando comparada com o ano anterior.

 

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