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Alexandre Ramos destaca a importância da eletrificação, certificação de fontes renováveis e abertura de mercado para a transição energética
Presidente do Conselho de Administração participa do ENASE, no Rio de Janeiro
Publicado em: 21/06/23 13:44 hs | Atualizado em 21/06/23 14:12 hs
Com o tema “Liderando a Transição Energética”, Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, participou do primeiro painel da edição de 20 anos do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico – ENASE, nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro. Ao lado de outras instituições do segmento, o executivo destacou os desafios e oportunidades para que a Câmara de Comercialização auxilie o Brasil na busca do NET Zero em 2050.
Em seu primeiro evento como representante da CCEE, Ramos agradeceu o apoio dos agentes do setor elétrico, a contribuição constante das Associações Representativas e a confiança do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao indicá-lo ao cargo. Antes de abordar as iniciativas para transição energética, ressaltou o propósito da organização em desenvolver mercados de energia eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade.
“A CCEE contribuirá com a transição energética em processos que já tem e passará a ter atuação cada vez maior, como a abertura de mercado, segurança de mercado, certificação das energias renováveis e do hidrogênio de baixo carbono, a eletrificação de outros setores e o desenvolvimento de novos mercados”, comentou Ramos.
O presidente do Conselho de Administração lembrou que o Brasil produziu 94% de sua energia elétrica a partir de fontes renováveis em 2023. Além disso, pontuou que o setor pode garantir segurança energética e alcançar o NET Zero em 2050 com a adoção do gás natural como combustível de transição aliado à revisão dos contratos das térmicas via mercado de capacidade. “Será que a Câmara pode também contribuir com o avanço do mercado de gás? Nós não só acreditamos, como temos convicção de que sim, pois temos conhecimento e capacidade técnica para isso”, destacou.
Durante seu discurso, Ramos relacionou as matrizes elétrica e energética, pontuando que a eletrificação de outros setores pode impulsionar a descarbonização, criando uma economia circular para a energia renovável. A abertura do mercado também será importante nesta trajetória, uma vez que dará aos consumidores a opção de escolher a fonte de sua energia, permitindo que empresas avancem em suas agendas ESG.
Por fim, Ramos explicou a participação da CCEE no mercado de carbono, onde a organização quer atuar como asseguradora das certificadoras, contribuindo para a solução da dupla contagem de certificados, e no desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono, por meio da criação de critérios de certificação nacional e internacional.
“Observamos com entusiasmo uma intensificação da procura pela CCEE, por parte da iniciativa privada e de Bancos Fomentadores, como o Banco Mundial e GIZ, solicitando nossa atuação no processo de certificação”, afirmou.
Participaram do painel com a CCEE o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, Sandoval Feitosa, o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, Luiz Carlos Ciocchi, e a presidente interina da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, Angela Livino. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abriu a discussão destacando o interesse da atual gestão da pasta em buscar ações que possam garantir mais segurança jurídica e estabilidade regulatória para atrair novos investimentos para o setor.
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