MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 15/11/21 comparados com o mesmo período de 2020 (1º a 15/11/20)

Informações de medição em 18/11/2021, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica apresentou queda de 2,4% na primeira quinzena de novembro, de acordo com os dados prévios de medição. Este resultado foi puxado pelo Ambiente de Contratação Regulada - ACR, que caiu 6,1%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre – ACL, manteve o crescimento, avançando 5,2%. Uma vez que se exclui o efeito da migração entre os ambientes de contratação, o ACR cai 4,1%, enquanto o ACL cresce 1,3%.

No detalhamento regional, com impacto de dados faltantes e de baixas temperaturas até o dia 15/11, destaque para o crescimento do Amapá (53%), resultado da baixa base de comparação devido ao apagão sofrido pelo estado na primeira quinzena de novembro de 2020. Avanços também para os estados do Pará e Sergipe (6%), Mato Grosso do Sul (5%) e Ceará (4%). No detalhamento para o estado do Pará, tem-se avanços importantes nos setores de metalurgia e produtos de metal (12%) e extração de minerais metálicos (9%), que encabeçaram o crescimento de 9% do ACL neste estado. Já para Sergipe, importante crescimento do setor de químicos levou ao crescimento de 32,8% no ACL, que também impulsionou o avanço total do SIN neste estado.

Quanto aos ramos de atividade, sem considerar as migrações entre os ambientes de contratação, ou seja, expurgando o efeito das novas cargas, 11 dos 15 setores apresentaram quedas. Como potencial explicação, tem-se o processo de aceleração inflacionária em andamento nos últimos meses, que tem como resultado a redução do ímpeto do consumo (principalmente em hiper e supermercados) ou migração do consumo para outros ramos, como o de serviços. Este cenário explica a tendência de crescimento do setor de serviços (2,7%), a desaceleração do crescimento do setor alimentício (+1,3%) e as quedas nos setores de bebidas (3,3%) e comércio (1,8%). Os ramos de veículos, com queda de 6,5%, e manufaturados diversos, com redução de 4,7%, continuam sentindo os impactos das dificuldades logísticas das cadeias de comércio internacional.

Por fim, os ramos voltados ao mercado internacional registram tendência positiva, casos da extração de minerais metálicos (11,8%) e metalurgia e produtos de metal (5,9%).

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se uma redução estimada de 2,1% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas e eólicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas e hidráulicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de (57,0%) e eólicas (3,3%). Por outro lado, as térmicas apresentaram queda de (1,4%) e as hidráulicas redução de (4,4%).

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 18/11/2021;
• As análises consideram a comparação do período de 2021 em relação ao mesmo período de 2020;
• Os dados de novembro de 2021 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 15 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em outubro/21, foi de 2,56% e 2,60%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br