
MERCADO QUINZENAL
InfoMercado Quinzenal - 288 - 2ª Edição - Out/22
Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 31 de outubro de 2022
- Análise da CCEE
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Dados de 1º a 31/10/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 31/10/21)
Informações de medição em 16/11/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização
O consumo de energia elétrica avançou 2,5% em outubro de 2022 em relação ao mesmo mês de 2021. O Ambiente de Contratação Livre - ACL cresceu 4,8%, e o Ambiente de Contratação Regulado - ACR 1,3%. Ao considerar apenas as unidades consumidoras existentes no ano anterior, o ACR cresce 2,7% e o ACL cresce 2,2%. Em outubro registrou-se exportação de energia elétrica para a Argentina, totalizando 87 MW médios. Ao incluir este montante, o consumo no SIN cresceria 2,6%.
Na análise regional, menores temperaturas máximas em relação a outubro de 2021, assim como maiores quantidades de chuva em parte da região nordeste e no extremo sul, influenciaram negativamente em parte da região nordeste e sul. Paraíba (-5%), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Alagoas (-4%) registraram as maiores quedas, seguidos por Ceará (-2%) e Paraíba (-1%). Na outra ponta, os maiores crescimentos ficaram com Maranhão (29%), Tocantins (17%), Rio de Janeiro (7%) e Rondônia (6%). Enquanto no Rio de Janeiro e Tocantins períodos de sol mais intenso e menor quantidade de chuvas foi preponderante para o resultado observado, no demais somou-se ainda um crescimento importante do mercado livre. No Maranhão, o crescimento de 110% do ACL foi encabeçado pelo ramo de metalurgia e produtos de metal, que avançou 385%, resultado do aumento constante na produção de um consumidor livre. Já em Rondônia, o crescimento de 25% do ACL foi resultado da evolução do ramo de alimentícios (+36%).
Em relação aos ramos de atividade, o setores de minerais não-metálicos (-3,0%) e têxtil seguem tendência de queda (-2,9%), seguido por químicos (-0,4%). Enquanto para os dois primeiros os fatores conjunturais continuam afetando negativamente a produção e o consumo de energia elétrica (juros alto, inflação acumulada no ano elevada e alto índice de endividamento da população), para o setor químico, adiciona-se ainda o alto custo de produtos importados, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Este cenário acaba por impactar negativamente tanto as importações de insumos quanto a produção como um todo, resultado na queda no consumo de energia elétrica das classes de fabricação de resinas termoplásticas (-7,2%) e produção de produtos petroquímicos básicos (-15,9%), findando por pressionar o consumo do ramo químicos para baixo.
Na outra ponta, os setores de saneamento (+17,2%) e serviços (+12,0%) registraram os maiores crescimentos. Para o primeiro, a classe de captação, tratamento e distribuição de água lidera o crescimento, avançando 17,7%. Este crescimento pode ser relacionado com temperaturas maiores, que tendem a aumentar o consumo de água da população, resultando no aumento da utilização de energia elétrica por empresas de saneamento. Já o setor de serviços segue a tendência de crescimento observada desde o início do ano, com crescimento observado em 23 dos 26 estados analisados. Destaque para os avanços do Mato Grosso do Sul (+54%), Piauí (29%) e São Paulo (17%).
No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 2,2% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, as eólicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.
Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 70,8%, seguido das eólicas (32,5%) e das hidráulicas (25,4%). Já as térmicas apresentaram queda de 55,3%.
Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:
- Este boletim foi publicado no dia 16/11/2022;
- As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
- Os dados de agosto de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
- Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
- Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
- O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
- O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em setembro/22, foi de 2,34% e 2,41%, respectivamente;
- O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
- As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.
Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br
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