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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal - 284 2ª Edição - Ago/22

Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 15 de agosto de 2022


Análise da CCEE

Dados de 1º a 31/08/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 31/08/21)

Informações de medição em 15/09/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo no SIN registrou aumento de 0,7% em agosto/22 quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto o Ambiente de Contratação Livre - ACL segue apresentando alta, avançando 5,9%, o Ambiente de Contratação Regulada - ACR caiu 2,1% no mesmo período. Ao retirar o efeito da migração entre os ambientes de contratação, o ACL avança 3,3% e o ACR minimiza a queda para 0,7%. Neste mês foi registrada a exportação de 837 MW médios para a Argentina. Ao incluir este valor, o consumo no SIN avançaria 2,0%

Na análise regional, verificou-se forte influência do cenário meteorológico. Na região Nordeste, um volume de chuvas superior a 2021 resultou em uma redução do consumo de energia elétrica na maioria dos estados, com as maiores retrações registradas no Rio Grande do Norte (-7%) e Piauí (-5%). Na faixa centro leste do país, na área que cobre os estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal, as temperaturas foram superiores a 2021, bem como o consumo verificado nesses estados. Dado o aumento na frequência e intensidade das frentes frias em agosto de 2022, as temperaturas apresentaram valores inferiores a 2021 no centro sul e em parte da região Norte, resultando na queda no consumo nos estados do Rio de Janeiro (-2%) e Mato Grosso do Sul e Acre (-4%).

Impulsionados pelo aumento no consumo no ACL, os maiores crescimentos ficaram nos estados do Maranhão (16%) e no Pará (7%). No Maranhão o consumo foi impulsionado pelo setor de metalurgia e produtos de metal, que avançou 240%, enquanto no Pará o crescimento foi capitaneado pelo setor de extração de minerais metálicos, que aumentou 29%.

Entre os ramos de atividade analisados pela CCEE, sem considerar o efeito da migração entre os ambientes de contratação, apenas os setores de têxteis (-1,9%) e minerais não-metálicos (-0,8%) apresentaram queda. Enquanto o primeiro ainda sofre com altos custos de produção e com a pressão inflacionária, o segundo é influenciado pelo baixo consumo das classes de fabricação de cimento (queda de 0,9%) e fabricação de produtos para uso estrutural na construção (queda de 2,3%). O setor é muito impactado pela indústria de cimento, que registra queda de 2,9% no volume de vendas acumulado do ano, devido principalmente ao alto nível de endividamento familiar e a alta taxa de juros, cenário que dificulta o financiamento para novas construções e/ou compra de imóveis.

Na outra ponta, destacam-se os crescimentos dos ramos de bebidas (11,5%) e veículos (8%). Para veículos, o aumento vem sendo puxado pelo consumo das classes de fabricação de peças e acessórios para veículos (8,2%) e fabricação de automóveis (9,0%), que aproveitam a relativa regularização do fluxo de entrega de semicondutores para colocar a produção em dia. Neste ramo de atividade, todos os estados com maior consumo de energia elétrica apresentaram evolução positiva, com destaque para São Paulo (8,0%), Minas Gerais (5,3%), Paraná (10,3%), Rio Grande do Sul (14,1%) e Amazonas (9,8%).

Já para o ramo de bebidas, o crescimento é capitaneado pelas classes de fabricação de malte, cervejas e chopes (12,3%), fabricação de refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas (5,7%) e fabricação de águas envasadas (22,4%). O estado de São Paulo, maior consumidor de energia elétrica neste ramo, apresentou crescimento de 16,8%, enquanto o Rio de Janeiro registrou a maior evolução percentual, crescendo 45,7%. A alta do ramo de bebidas está interligada ao bom momento dos setores de serviços e alimentícios, e é influenciado pelo retorno das atividades públicas, como shows, feiras e demais eventos livres, uma vez que em agosto/21 ainda existiam restrições devido à pandemia.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 2,1% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, hidráulicas e as eólicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 82,0%, seguido das hidráulicas (34,4%) e das eólicas (14,9%). Já as térmicas apresentaram queda de 56,2%.

O PMO de setembro de 2022 apresentou uma Energia Natural Afluente verificada no SIN de 35 GWmed, 79% superior a agosto de 2021. Somada a esse melhor cenário hidrológico no mês de agosto de 2022, está o reflexo do período úmido 2021-2022, com situação hidrológica favorável ante ao ciclo anterior (2020-2021), impactando na maior (menor) geração hidráulica (térmica) no ano corrente.  

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

  • Este boletim foi publicado no dia 15/09/2022;
  • As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
  • Os dados de agosto de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
  • Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
  • Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
  • O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
  • O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em agosto/22, foi de 2,30% e 2,36%, respectivamente;
  • O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
  • As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br

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O conteúdo desta publicação foi produzido pela CCEE com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.

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