MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 31/01/23 comparados com o mesmo período de 2022 (1º a 31/01/22)

Informações de medição em 14/02/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica registrou estabilidade em janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022. O Ambiente de Contratação Livre - ACL cresceu 1,8%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulado - ACR caiu 0,9%. Em janeiro de 2023 houve a exportação de 1133 MW médios para a Argentina, que, se considerado, elevaria a alta do consumo para 1,5%.

Na análise regional, as maiores quedas foram observadas nos estados do Mato Grosso do Sul (-7,6%), Rio Grande do Sul (-4,8%), Rio de Janeiro (-4,1%) e Espírito Santo (-3,1%). Já as maiores altas ficaram com Maranhão (43,1%), Ceará (7,3%), Pará (5,8%) e Tocantins (3,7%). Novamente, o estado do Maranhão é influenciado por um grande consumidor livre.

Em relação aos ramos de atividade, janeiro de 2023 indica permanência da tendência de queda para os setores minerais não-metálicos (-6,8%), têxteis (-6,4%), Químicos (-3,5%) e Madeira, Papel e Celulose (-2,3%). Na outra ponta, os maiores crescimentos ficaram os setores de extração de minerais metálicos (10,1%), metalurgia e produtos de metal (5,7%), alimentícios e bebidas (5,0%) e manufaturados diversos (3,5%).

Janeiro também apresentou alta no número de novas migrações para o ACL, com um total de 474 novas unidades consumidoras, o maior montante desde janeiro de 2021. Destas, 392 registraram consumo de até 0,2 MW médios, enquanto 9 responderam por um consumo acima de 1,5 MW médio.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 0,9% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Este comportamento é explicado pelo volume significativo de energia importada em janeiro/23.

Em relação às fontes, as fotovoltaicas, eólicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 70,4%, seguido das eólicas (38,3%) e das hidráulicas (4,5%). Já com relação às térmicas, estas apresentaram quedas de 44,8%.

O cenário meteorológico verificado no mês de janeiro de 2023 apresentou um comportamento típico quanto as precipitações observadas, com maiores volumes de chuvas no Sudeste, Norte e região central do país e parte do Nordeste, contribuindo assim para o aumento da geração hidráulicas e, consequentemente, para a queda por parte das térmicas, quando comparado com o ano anterior.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 14/02/2023;
• As análises consideram a comparação do período de 2023 em relação ao mesmo período de 2022;
• Os dados de janeiro de 2023 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em dezembro/22, foi de 2,40% e 2,46%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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