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CCEE 15 anos: Sistema de Medição para Faturamento viabilizou novo modelo do setor
Implantação do SMF foi ponto de partida para coleta automática dos dados dos medidores
Publicado em: 07/03/14 14:43 hs | Atualizado em 09/10/21 14:40 hs
O Sistema de Medição para Faturamento – SMF foi essencial para a abertura do mercado de energia e para a consolidação do Novo Modelo do Setor Elétrico (2004). A adoção do Sistema possibilitou a medição, em larga escala, da energia gerada e consumida no país, viabilizando a operação física e comercial. Em agosto de 2000, a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel determinou que a Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia – Asmae (sucedida pelo MAE em 2002 e pela CCEE em 2004) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS firmassem acordo operacional para, entre outros pontos, conduzir a implantação do SMF.
Assim, uma comissão multidisciplinar iniciou a especificação do Sistema em 2001, atividade que contou com a participação de representantes da Asmae, do ONS e de algumas associações de classe do setor elétrico. O grupo definiu e padronizou os requisitos técnicos do SMF, que passaria a ser adotado por todos os agentes participantes do mercado ao longo dos anos seguintes.
Composto por uma série de equipamentos - como medidores, transformadores de instrumentos, painéis e sistemas de comunicação (Telecom) – o SMF é instalado em cada ponto de medição (usinas, unidades consumidoras, pontos de interligação com a rede básica etc) para possibilitar a coleta dos dados de energia elétrica.
Em paralelo à implantação do SMF, o MAE iniciava a estruturação de uma central de medição e o desenvolvimento do Sistema de Coleta de Dados de Energia – SCDE, concebido para automatizar todo o processo de coleta e tratamento dos dados provenientes dos medidores, possibilitando assim a contabilização do mercado. A central de medição e o sistema ficaram prontos em julho de 2003.
Nessa época, o MAE inseria os dados de medição diretamente no Sistema de Contabilização e Liquidação, por meio de arquivos tipo texto enviados pelas empresas, ao mesmo tempo em que processava a coleta automática utilizando o SCDE. “Por aproximadamente um ano, comparávamos os dados das duas fontes, porém utilizávamos na contabilização apenas os arquivos TXTs”, lembra o gerente de Engenharia e Operação da Medição, Dalmir Capetta, que na época atuava como analista de medição no departamento de Medição Contábil do MAE.
“A Elektro foi a primeira empresa a ter 100% de seus dados de medição coletados pelo SCDE e utilizados na contabilização, o que ocorreu em janeiro de 2004. Foi um importante marco!”, ressaltou Capetta.
Em 2004, a Aneel também fixou cronograma para que as empresas de energia elétrica se adequassem ao SMF. Nessa época havia cerca de 1.400 pontos de medição cadastrados no SCDE, sendo que aproximadamente 60% destes estavam adequados os padrões técnicos requeridos - índice que foi aumentando gradativamente ao longo dos anos.
A CCEE hoje: Em fevereiro de 2014, a Câmara de Comercialização alcançou a marca de 9.000 pontos cadastrados no SCDE, com 100% de adequação ao SMF. Isso significa que todo o processo de medição está automatizado e incorporado em um único sistema, o SCDE.
“Da implantação do SMF até os dias atuais houve uma evolução significativa. Hoje temos uma plataforma tecnológica de medição de excelente performance e robustez, proporcionando alta confiabilidade dos dados, eficiência nas operações e, consequentemente, segurança para todo o mercado de energia”, observa Capetta.