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Brasil inicia 2022 com leve redução no consumo de energia elétrica

Levantamento da CCEE aponta queda de 0,7% no primeiro mês do ano, influenciada pelo recuo do mercado regulado e avanço do mercado livre

Publicado em: 18/02/22 14:24 hs | Atualizado em 18/02/22 14:36 hs

Imagem da região do Elevador Lacerda, em Salvador. Imagem pega ao fundo a Baía de Todos os Santos, com barcos atracados e, no canto direito, em primeiro plano, o Elevador Lacerda.

Segundo dados do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Brasil demandou 66.751 megawatts médios em janeiro, pequeno recuo de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

A redução é resultado de uma diminuição do mercado regulado (ACR), que leva energia elétrica para pequenas empresas, comércios e residências. O segmento, que responde pela maior parte do consumo de eletricidade, utilizou 44.228 MW médios, montante 3,2% menor na comparação anual.

Já na outra ponta do setor elétrico, onde está o mercado livre (ACL), que abastece a indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, foram demandados 22.522 MW médios, quantidade 4,7% maior no comparativo com janeiro de 2021.

Para monitorar o consumo, a CCEE também considera dois fatores que podem influenciar os números. O principal deles é a migração entre os ambientes regulado e livre. Desconsiderando as migrações dos últimos 12 meses, a redução no ACR seria menor, de 1,4%, enquanto no ACL haveria avanço de 0,8%.

Outro fator importante, que impacta especificamente o mercado regulado, é a geração distribuída, que são painéis solares instalados em residências e empresas, reduzindo a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN). Se não houvesse esse tipo de segmento, a redução no ACR seria menor, de 1,9%.


Consumo por ramos de atividade econômica

A CCEE também monitora o consumo em 15 áreas da economia que compram energia no mercado livre. Desconsiderando a migração de cargas, as maiores altas foram registradas nos setores de Madeira, Papel e Celulose (+14,6), Serviços (+8,1%) e Químicos (+6,1%).

Ainda excluindo a entrada de novas cargas no sistema nos últimos 12 meses, as áreas que mais recuaram na demanda por energia elétrica foram a indústria têxtil (-9,4%), produção de veículos (-7,7%) e segmento de manufatura (-5%).
 



Consumo regional

No monitoramento por região em janeiro, o Paraná registrou a maior alta no consumo de energia (12%), seguido por Mato Grosso (10%) e Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia, que avançaram 8% cada um. A maior demanda nesses estados teve influência do cenário climatológico, com ondas de calor mais intenso no primeiro mês do ano. As maiores retrações foram registradas, em geral, em regiões com o maior volume de chuvas, como Piauí (-12%), Paraíba (-8%) e Rio de Janeiro (-7%). 


 


Geração de energia

No primeiro mês do ano, as hidrelétricas aumentaram sua representatividade em 11%, resultado do cenário hidrológico favorável nas últimas semanas. Consequentemente, as termelétricas tiveram uma participação menor, com redução de 27% na comparação anual. A boa incidência solar nas regiões onde estão localizadas as usinas fotovoltaicas contribuíram para um avanço de 60,9% na geração desse tipo de energia. Já os parques eólicos produziram 17,4% menos energia. 


 

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