Com o objetivo de desenvolver a certificação do hidrogênio, conhecer as propostas e conceitos internacionais é importante como referência. Por este motivo, no 6º Workshop realizado pelo Grupo de Trabalho sobre certificação do hidrogênio, coordenado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, os participantes analisaram o modelo em desenvolvimento pelo Chile e as propostas em andamento na Europa.

O encontro teve uma apresentação do Banco Mundial, que contextualizou o cenário internacional com as certificações existentes, como a Low Carbon Fuel Standard (Califórnia – EUA), CertifHy (União Europeia), TÜV SÜD (Alemanha) e da Austrália, e analisou a estrutura planejada pelos chilenos. O modelo consiste numa certificação de caráter voluntário, onde cada empresa terá autoridade de certificar ou não o hidrogênio produzido. 

Os representantes do Banco Mundial também comentaram sobre um estudo em fase final a respeito da utilização de água de reuso e água do mar dessalinizada no processo de eletrólise, a fim de evitar o consumo de água potável na produção do hidrogênio. Apesar do acréscimo de custo, a tecnologia seria interessante para o aspecto ambiental do insumo.

Na sequência, o grupo debateu as alterações aprovadas pela Europa para a Diretiva de Energia Renovável (RED II), que excluiu o critério de adicionalidade, tornou a correlação temporal em trimestral ao invés de horária, e flexibilizou a correlação geográfica, passando de bidding zone para mesmo país ou país vizinho. Outra mudança está relacionada com as fontes consideradas para classificação do hidrogênio renovável: eletrólise com fontes renováveis, conversão bioquímica da biomassa e reforma do biogás. 

Por fim, o Grupo de Trabalho discutiu uma primeira versão do roadmap da certificação de hidrogênio proposta pela CCEE, que será analisada pelos integrantes para aprofundamento na próxima reunião, prevista para 3 de novembro.

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