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Artigo: A pandemia, o trabalho remoto e os escritórios do presente

Por Tiago Hayashida, Gerente Executivo de Gestão e Pessoas de CCEE

Publicado em: 26/08/22 11:12 hs | Atualizado em 26/08/22 11:16 hs

Imagem mostra duas mãos masculinas em cumprimento

Passada a fase mais crítica da pandemia de COVID-19, que obrigou empresas do mundo inteiro a repensarem modelos de trabalho, estamos diante de uma oportunidade de reprogramar nossas referências. O conceito de “todo lugar ao mesmo tempo” nunca fez tanto sentido e, hoje, o grande desafio das corporações é se adequar a um mundo em que a mistura entre o físico e o digital, junto com a ideia de interações assíncronas, vai imperar.

Obviamente, estar presencialmente na empresa tem suas vantagens. Podemos resolver algumas questões de forma mais rápida, socializar com os colegas, realizar uma divisão mais clara entre vida profissional e pessoal. Por outro lado, toda a comodidade e flexibilidade que temos quando trabalhamos de casa é um argumento que pesa muito para que os colaboradores pleiteiem essa opção. 

A provocação que fica para as companhias é como tornar o ambiente corporativo mais agradável e atrativo. Ele precisa ter mais propósito para existir. Mais do que um lugar de trabalho, deve ser sinônimo de um local de atualização de cultura da organização, uma espécie de central onde as pessoas possam se encontrar e compartilhar informações de forma descontraída. Afinal, quem disse que um escritório não pode ser eficiente e divertido?

O primeiro passo para alcançar isso é dar mais autonomia aos funcionários. Para que esse novo espaço de convivência seja mais prazeroso, é fundamental que as empresas invistam em locais de interação com os colegas e descompressão, menos conservadores e com design criativo, além de uma boa campanha para engajamento dos colaboradores. 

Outro ponto importante, para casos de trabalho híbrido, é estabelecer processos que permitam conciliar agendas e levar pessoas certas no dia certo. Precisa valer a pena sair de casa, deixar a família, enfrentar o trânsito ou gastar com alimentação para fazer algo que realmente não seja possível de ser feito por meio de um computador ou celular.

Na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, estamos em meio a um processo de completo redesenho do nosso escritório. Com uma equipe de profissionais capacitados, queremos pensar em espaços que coloquem as pessoas em primeiro lugar. Queremos que o colaborador queira estar aqui.

Inicialmente, definimos o programa de necessidades, que mapeou as características desejadas do novo ambiente. Espaços de convivência informais, os worklounges, estarão no espaço ocupado anteriormente pelas estações individuais. O ambulatório dará lugar ao espaço saúde, onde serão oferecidos serviços que tratam do colaborador de forma completa, reforçando a atenção primária com a saúde. Uma maior quantidade de salas de reuniões, de diversos tamanhos, também é prevista para atendimento de necessidades específicas. Além disso, teremos um espaço planejado para gravação de vídeos, artefatos que tem apoiado significativamente a comunicação assíncrona. 

O tema diversidade e inclusão também será tratado no nosso novo escritório. Teremos estações de trabalho flexíveis para pessoas com deficiência e um sanitário neutro, sem gênero definido. Tudo isso está sendo tratado com os conceitos de neuroarquitetura, que é a ciência que estuda os impactos do ambiente nas pessoas. A composição dos ambientes tem a capacidade de impactar diretamente a rotina das pessoas, de forma a motivar ou desestimular a presença em determinado local.

Acreditamos que desta forma conseguiremos fazer com que as pessoas queiram estar no escritório em alguns dias da semana e que sintam produtivas, confortáveis, engajadas e conectadas a organização. Essas iniciativas ajudam a criar um ambiente de confiança e aumentar o senso de pertencimento dos funcionários. A pandemia transformou de forma abrupta as relações de trabalho e é normal que nem todas as empresas estejam 100% prontas para essa nova realidade. Mas o ponto de partida é reconhecer que as estações de trabalho, agora, são um local de conexão e colaboração.

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