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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal - 286 2ª Edição - Set/22

InfoMercado Quinzenal Nº 286 - 2ª Edição - Análise dos dados de 01 a 30/09/2022 comparados com o mesmo período de 2021 (01 a 30/09/2021)


Análise da CCEE

Dados de 1º a 30/09/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 30/09/21)

Informações de medição em 17/10/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no SIN registrou queda de 2,5% no mês de setembro de 2022 quando comparado com o mesmo mês de 2021. Seguindo a tendência observada em meses anteriores, o Ambiente de Comercialização Livre - ACL, registrou alta de 4,4%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada - ACR, queda de 6,0%, com forte impacto de maiores volumes de chuva no sudeste e sul, principalmente nos estados de São Paulo e Paraná, e temperaturas mais amenas nas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Ao considerar apenas as unidades consumidoras já existentes no mesmo mês do ano passado, o ACR cai 4,7% e o ACL cresce 1,8%. Neste mês foi registrada exportação de 893,4 MW médios para a Argentina, que uma vez considerada, amenizaria a queda do consumo para 1,1%.

Na avaliação regional, a retração de 6,0% é diretamente relacionada com a temperaturas e volumes de chuvas registrados em setembro. Dado o avanço das frentes frias, as temperaturas verificadas apresentaram valores abaixo da média histórica nas capitais da região Sul, São Paulo e no Rio de Janeiro. Entretanto, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, as temperaturas em São Paulo e Rio de Janeiro em setembro de 2022 estiveram 6°C e 3°C inferiores a setembro de 2021, respectivamente.

Na região Nordeste foram verificadas chuvas superiores a 2021, impactando na redução do consumo da região na região Norte as temperaturas em setembro de 2022 apresentaram valores superiores ante ao verificado em setembro de 2021. Dado este cenário, as maiores quedas no consumo de energia elétrica foram registradas nos estados do Mato Grosso do Sul (-15%) e Rio de Janeiro (-11%), enquanto São Paulo, Alagoas e Rio Grande do Norte apresentaram retração de 5,0%. Na outra ponta, os estados do Maranhão (21%), Rondônia (15%) e Amazonas e Tocantins (8%) registraram as maiores altas. Enquanto o consumo no Maranhão permanece impulsionado por um grande consumidor livre, para os demais, temperaturas máximas maiores são as principais responsáveis pela alta.

Em relação aos ramos de atividade analisados pela CCEE, as maiores altas foram registradas pelos setores de saneamento (14,8%), madeira, papel e celulose (12,8%) e extração de minerais metálicos (11,0%). O ramo de saneamento é impactado pela alta no consumo de grandes estados, como São Paulo, e pela entrada de novas unidades consumidoras. Já madeira, papel e celulose segue a trajetória de crescimento verificada ao longo de 2022, com impacto positivo do cenário internacional e do aquecimento do mercado interno. A classe de fabricação de papel e celulose (14,8%) encabeça o crescimento, com os três estados com o maior consumo nesta classe registrando crescimento, liderados pelo Paraná (35%), impulsionado por um novo consumidor livre, seguido por São Paulo (10,5%) e Santa Catarina (1,33%).

Já no ramo de extração de minerais metálicos, segue-se a tendência de crescimento que tem sido observada desde março/2022, impulsionado principalmente pelos aumentos nos consumos dos estados de Minas Gerais (12,0%), Pará (15%) e Bahia (20%). Destaque para o aumento da classe de extração de minério de ferro em Minas Gerais (17,2%) e da classe de extração de minerais não ferrosos no Pará (28,9%). Embora o preço do minério no mercado internacional, notadamente no asiático, tenha registrado grande oscilação nos últimos meses, com predominância de queda, internamente o consumo de energia elétrica do setor sugere o aumento da produção brasileira. Este cenário indica prováveis aumentos de estoques para os próximos meses e a aposta que a partir de 2023 a China adote medidas de estímulo econômico, retornando os preços e as vendas a níveis normais.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se uma queda estimada de 1,5% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, hidráulicas e as eólicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 54,9%, seguido das hidráulicas (24,8%) e das eólicas (18,3%). Já as térmicas apresentaram queda de 57,0%.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

  • Este boletim foi publicado no dia 17/10/2022;
  • As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
  • Os dados de setembro de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 30 do mês de referência;
  • Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
  • Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
  • O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
  • O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em agosto/22, foi de 2,48% e 2,57%, respectivamente;
  • O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
  • As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br

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O conteúdo desta publicação foi produzido pela CCEE com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.

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