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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal - 282 2ª Edição - Jul/22

Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 31 de julho de 2022


Análise da CCEE

Dados de 1º a 31/07/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 31/07/21)

Informações de medição em 12/08/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no SIN apresentou crescimento de 2,6% no mês de julho de 2022 quando comparado com o mesmo período do ano anterior, novamente influenciado pela exportação de energia elétrica para a Argentina e o Uruguai. O Ambiente de Comercialização Regulada - ACR, registrou alta de 0,3%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre - ACL, novamente liderado pelos setores de Serviços (que contempla a exportação de energia elétrica) e Madeira, Papel e Celulose, cresceu 7,1%. Ao considerar apenas as unidades consumidoras existentes no ano anterior, o ACR cresce 2,1% e o ACL cresce 4,2%.

Na análise climatológica, dada a redução na frequência e intensidade das frentes frias em julho de 2022, as temperaturas apresentaram valores elevados na maior parte do país. Com exceção do Nordeste, as temperaturas máximas apresentaram valores acima da média histórica nas demais regiões, com destaque para o Sul e o Sudeste, onde foram verificados 3°C acima do histórico em Porto Alegre e São Paulo. Quando comparada com as temperaturas verificadas em julho de 2021, as capitais do Nordeste apresentaram valores inferiores e/ou iguais ao ano anterior, impactado pelas chuvas observadas nessa região. Este cenário foi decisivo na evolução do consumo de energia elétrica observado nos estados, com as maiores quedas registradas no Rio Grande do Norte (-10%), Sergipe (-7%), Piauí (-5%) e Ceará (-4%). Na outra ponta os estados do Mato Grosso e Acre (17%) apresentaram as maiores altas, seguidos por Mato Grosso do Sul (12%) e Maranhão (11%), todos influenciados pelas altas temperaturas observadas em julho/22.

Em relação aos ramos de atividade analisados pela CCEE, a maior queda ficou com o setor têxtil (-4,1%), com a classe de preparação e fiação de fibras de algodão encabeçando as maiores reduções, registrando retração de 5,9%, seguido pela tecelagem de fios de algodão, com redução de 4,6% sempre na comparação julho/22 com o mesmo mês do ano anterior. Regionalmente, enquanto este setor apresentou alta de 2,9% em São Paulo, foram registradas quedas em Pernambuco (-21,1%), em Minas Gerais (-12,7%) e em Santa Catarina (-1,5%). As pressões inflacionárias internas e externas e os atrasos e encarecimento de produtos procedentes da China, ainda por consequência dos recentes lockdowns impostos para controlar a covid, são os maiores responsáveis pela retração observada.

Na outra ponta, os setores de serviços (20,7%) e madeira, papel e celulose (21,2%) permanecem impulsionando o crescimento do ACL, com o mesmo cenário positivo observado em apontamentos anteriores explicando o crescimento (demanda aquecida interna e externamente para madeira, papel e celulose, e fim das restrições para o setor de serviços). Alta expressiva foi observada também no setor de comércio (19,2%), impulsionado principalmente pelo aumento do consumo de energia elétrica dos hiper e supermercados (13,4%). De forma geral, o comércio registrou os maiores avanços nos estados do Mato Grosso do Sul (103,1%), Paraná (47,7%) e Rio Grande do Sul (20,4%).

Por fim, o ramo de veículos segue tendência de alta no consumo de energia elétrica, avançando 3,5%, influenciado pelo crescimento das classes de fabricação de peças e acessórios para veículos (2,8%) e fabricação de automóveis, camionetas e utilitários (1,2%). Entre os estados, o setor de veículos anotou crescimentos significativos para Santa Catarina (15,4%), Amazonas (9,0%), Rio Grande do Sul (8,9%) e São Paulo (7,3%).

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 4,5% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, hidráulicas e as eólicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 66,7%, seguido das hidráulicas (32,7%) e das eólicas (16,7%). Já as térmicas apresentaram queda de 54,0%.

O Programa de Mensal de Operação Energética (PMO) de agosto apresentou, para julho de 2022, uma Energia Natural Afluente verificada no SIN de 23% superior a julho de 2021. Dada a ausência de chuvas significativas em julho do ano corrente, esse resultado é reflexo do período úmido 2021-2022 com situação hidrológica favorável ante ao ciclo anterior (2020-2021), impactando na maior geração hidráulica e, consequentemente, na menor geração térmica no ano corrente.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

  • Este boletim foi publicado no dia 12/08/2022;
  • As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
  • Os dados de julho de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
  • Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
  • Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
  • O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
  • O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em junho/22, foi de 2,60% e 2,68%, respectivamente;
  • O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
  • As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br

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O conteúdo desta publicação foi produzido pela CCEE com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.

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