MERCADO QUINZENAL

O consumo de energia elétrica no SIN apresentou retração de 5,7% na prévia do mês de outubro de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Este resultado foi impactado pela queda registrada no Ambiente de Contratação Regulada - ACR, que com temperaturas médias menores que as observadas em outubro de 2020, caiu 10,4%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre - ACR cresceu 4,2%. Ao considerarmos a migração entre os ambientes de contratação, o ACR cai 8,3% e o ACL oscila negativamente em 0,3%.

Entre os ramos de atividade analisados pela CCEE, serviços continua apresentando evolução consistente mesmo com a alta base de comparação de outubro de 2020, crescendo 16,8%, enquanto o ramo de comércio (alta de 12,8%) continua impulsionado pela entrada de novos agentes.

Analisando o consumo de energia elétrica apenas das cargas existentes em outubro de 2020, tem-se uma queda no comércio de 5,4%. Na outra ponta, os ramos de bebidas e veículos apresentaram as maiores quedas, com retrações de 3,3% e 4,7% respectivamente.

O setor de veículos continua sob o impacto de problemas de logística na cadeia de produção, enquanto a redução no ramo de bebidas pode ser resultado do aumento da inflação, impactando negativamente o consumo.

Na análise regional, a maior parte dos estados apresentou queda, com destaque para as reduções registradas nos estados do Rio Grande do Sul (14%), Rio de Janeiro (12%), Mato Grosso do Sul (11%) e Paraná e Santa Catarina (10%). Por outro lado, os estados de Rondônia e Ceará registraram os maiores crescimentos, ambos com 3%.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se uma queda estimada de 5,8%. Analisando a geração por fonte, observou-se um aumento em todas as usinas, com exceção das hidráulicas. Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento relevante de 57,9%, eólicas (20,8%) e térmicas (19,8%).

Já as usinas hidráulicas apresentaram uma queda de 20,9%. Esse fato pode ser justificado por conta da Energia Natural Afluente (ENA), em termos médios mensais, estar atingindo os piores índices do histórico para o SIN desde abril de 2021. Esse cenário impacta diretamente na redução da geração hidráulica e o aumento da geração térmica, quando comparada com o ano anterior.