MERCADO QUINZENAL

O consumo de energia elétrica no SIN, para a primeira quinzena de outubro, apresentou retração de 7,9% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com os dados prévios de medição. O Ambiente de Contratação Livre - ACL apresentou alta de 2,1%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada – ACR, com influência de temperaturas inferiores às registradas no mesmo período de 2020, e com provável impacto da ausência de dados de medição, apresentou queda de 12,5%. Ao excluir o efeito das migrações entre os ambientes, o ACL apresentaria queda de 2,1% e o ACR recuaria 11%.

Entre os ramos de atividade analisados pela CCEE, os que presentaram maiores níveis de crescimento, sem considerar o efeito das migrações entre os ambientes, foram os setores de saneamento (14,3%), serviços (13,3%) e comércio (7,2%), impulsionado principalmente pela migração de novos agentes. Uma vez que é analisado o consumo apenas das cargas que já existiam em 2020, o ramo de serviços cresce 2,8%, e os ramos de saneamento e comércio apresentam quedas de 5,5% e 9,3% respectivamente.

Na análise regional, com impacto de dados faltantes, as maiores retrações foram observadas nos estados de Mato Grosso do Sul (17%), São Paulo (15%), Rio de Janeiro (14%) e Rio Grande do Sul (12%). Deve ser considerado que a primeira quinzena de outubro apresentou temperaturas mais amenas que o mesmo período de 2020, também impactando negativamente o consumo no ACR. Na outra ponta, as maiores altas foram registradas nos estados de Rondônia (7%), Amazonas (5%), Ceará e Sergipe (4%).

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se uma redução estimada de 5,6%, já considerando o montante de energia elétrica importada de 792,9MW médios, na primeira quinzena de outubro [1] , quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, a maioria delas apresentou aumento, seguindo o mesmo comparativo com o ano anterior.
Em uma escala percentual decrescente, as térmicas apresentaram um crescimento de 41,7%, fotovoltaicas (46,6%) e eólicas (29,0%). A exceção foi por parte das hidráulicas que apresentaram uma queda de 26,3%. Esse cenário tem como justificativa a Energia Natural Afluente (ENA), em termos médios mensais, estar atingindo os piores índices do histórico para o SIN desde abril de 2021, impactando diretamente na redução da geração hidráulica e no aumento da geração térmica, quando comparada com o ano anterior.

[1] A contabilização do intercâmbio de energia elétrica com países vizinhos, e consequente detalhamento dos respectivos compradores e vendedores, assim como o destino da energia, é feito apenas na segunda semana do mês seguinte. Por este motivo os dados de importação apresentados no InfoMercado Quinzenal são prévios.