MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 31/01/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 31/01/21)

Informações de medição em 11/02/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O grande volume de chuvas e temperaturas médias mais baixas impactaram negativamente o consumo de energia elétrica no mês de janeiro quando comparado ao mesmo mês de 2021. O SIN registrou queda de 0,67%, puxado pela baixa de 3,2% no Ambiente de Contratação Regulada - ACR, enquanto o Ambiente de Contratação Livre - ACL, com crescimento de 4,7%, registrou a menor alta desde agosto de 2020, ainda na esteira do início da recuperação da quarentena imposta pela Covid.

Na análise regional, forte influência do cenário climatológico, maiores aumentos para Santa Catarina (12%), Mato Grosso (10%), Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul (9%) e Rondônia (8%), estados que registraram fortes ondas de calor em janeiro/22. As maiores retrações foram registradas, em geral, nos estados com o maior volume de chuvas, como Piauí (10%), Rio Grande do Norte e Paraíba (8%), Paraíba e Ceará (6%) e Bahia (4%) na região nordeste. Nas demais regiões, reduções significativas para Rio de Janeiro (7%), Tocantins (5%), Goiás, Minas Gerais e São Paulo (3%).

Entre os ramos de atividade econômica analisados pela CCEE, para serviços (18,8%), madeira, papel e celulose (16,2%) comércio (14,5%) e alimentícios (10,2%). No caso dos serviços, destaque para a recuperação do Amazonas, justificado com a base comparativa de janeiro de 21 bastante impactada pela covid e pelas fortes chuvas. Mesmo cenário é observado no Amapá (+495%).

Ao considerar somente as cargas existentes em janeiro/21, 11 dos 15 setores analisados pela CCEE apresentaram queda, com as maiores reduções para os ramos de têxteis (9,4%), veículos (7,7%), manufaturados diversos (5,0%) e bebidas (4,2%). A aceleração do processo inflacionário iniciada em 2021 pode ser uma justifica para as reduções dos setores de comércio e bebidas, enquanto a menor renda disponível e juros maiores, tendendo a reduzir o consumo, potencialmente reduzem as expectativas de produção, caso dos setores têxteis e manufaturados diversos.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 0,6% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Este comportamento é explicado pelo volume significativo de energia importada em janeiro/21. Após a contabilização poderá ser observado com maior exatidão o comportamento da geração no comparativo com o mesmo período de 2022.

Em relação às fontes, as fotovoltaicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas e as eólicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 61%, seguido das hidráulicas (11,4%). Já com relação às térmicas e às eólicas, estas apresentaram quedas de 27% e 17,4%, respectivamente.

As chuvas observadas em janeiro de 2022 seguiram o mesmo padrão verificado no mês anterior, dezembro de 2021. Quando comparado com o mesmo período no ano anterior, as chuvas performaram com volumes superiores em 2021 nas principais bacias do SIN, acarretando assim em um aumento da geração hidráulica.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 11/02/2022;
• As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
• Os dados de janeiro de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em dezembro/21, foi de 2,56% e 2,62%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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