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MERCADO QUINZENAL

InfoMercado Quinzenal - 278 - 2ª Edição - Mai/22

Boletim com os dados prévios de medição e posição contratual líquida de 1º a 31 de maio de 2022


Análise da CCEE

Dados de 1º a 31/05/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 31/05/21)

Informações de medição em 13/06/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no SIN apresentou crescimento de 1,2% no mês de maio. Com impacto da frente fria observada em parte do país na segunda quinzena do mês, o Ambiente de Contratação Regulada - ACR, registrou queda de 1,3%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre - ACL continua mantendo a alta, desta vez de 5,8% para o mês fechado. Ao considerar apenas as unidades consumidoras que já existiam em maio/21, o ACR avança 0,4% e o ACL 2,7%. 

Na análise por estados, marca-se bem a influência de temperaturas. Destaque para as regiões Norte, onde diversas áreas registraram níveis de chuva acima da média histórica, e para o Sudeste/Centro-Oeste, onde a segunda quinzena de maio trouxe o avanço de massas de ar frio, fazendo com que as temperaturas ficassem iguais e/ou abaixo da média histórica e inferiores a 2021. Já no Nordeste, as temperaturas apresentaram valores próximos da média histórica, entretanto acima do verificado em maio de 2021. Como resultado, as maiores quedas foram observadas nos estados do Mato Grosso do Sul (-6%), Pará (-4%) e Piauí (3%). Os maiores crescimentos foram observados nos estados de Rondônia (14%), Paraná (6%) e Maranhão e Mato Grosso (5%).

Para os ramos de atividade analisados pela CCEE, a liderança segue com os setores de madeira, papel e celulose e de serviços, ambos com crescimento de 22,6%. Para o primeiro, a alta do subsetor de fabricação de celulose, de 30,3% impulsiona todo o ramo de atividade, e é explicada ainda pela oferta global continua pressionada, que, estimulando a utilização da capacidade ociosa, resultada em um aumento do consumo de energia elétrica.

Para os serviços, segue a tendência de alta, novamente impelido pelo aquecimento do consumo de setores que englobam shoppings e eventos em geral (nestes, alta de 16,4%). Vinte estados apresentaram crescimento neste subsetor, com destaque para os avanços de Ceará (28,2%), Minas Gerais (26%), Pernambuco (17,5%) e são Paulo (17,4%).

Os setores que também se beneficiam deste momento favorável são os alimentícios (7,6%) e de bebidas (8,9%). Para alimentícios, aproveita-se o a elevação do preço das commodities no mercado internacional para aumentar as exportações, destacando o subsetor de abate de animais, com o estado do Paraná encabeçando a lista de maiores crescimentos absolutos (6,0%), seguido de Santa Catarina (8,3%). No setor de bebidas, diretamente beneficiado pelo retorno de eventos presenciais, como festivais, shows e outros eventos em geral, destaque para a fabricação de cervejas e chopes, com avanço de 5,3% no geral e alta de 10,6% em Minas Gerais.

Na mesma direção, o setor de comércio registrou alta de 11,3%, impulsionado pelo consumo do comércio varejista, que avançou 10,1%, com destaque para o consumo de hipermercados e supermercados, que avançou 7,9%. Uma vez mais, este valor, ainda que positivo, permanece impactado pela entrada de novas cargas. De maio/21 a maio/22 foram 885 novas unidades consumidoras de supermercados e hipermercados, um acréscimo de 98 MW médios. Sem este acréscimo, o consumo de hiper e supermercados registraria queda de 5,0%.

Por um outro lado, o setor de químicos apresentou queda de 1,0%, e o de têxteis, apontou uma retração de 0,2%, ambos permanecendo sob impacto negativo do cenário internacional.

No caso do setor têxtil, ainda que a demanda interna permaneça alta, os altos preços provocados pelo encarecimento da matéria-prima importada ainda resultam em produção menor, culminando em um consumo de energia elétrica também de menor intensidade em relação ao mesmo mês de 2021. Já para o setor químico, a queda na fabricação de gases industriais (-4,6%), e produtos petroquímicos básicos (-1,1%), também mostra o provável reflexo do encarecimento da matéria-prima no mercado internacional, neste caso ainda aliado ao cenário adverso ocasionado pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 1,8% quando comparada ao mesmo período no ano anterior médios. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, eólicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 52,6%, seguido das hidráulicas (11,1%) e das eólicas (10,5%). Já as térmicas apresentaram queda de 37,2%.

Comparando com maio de 2021, a Energia Natural Afluente (ENA) do SIN em maio deste ano foi superior em 35%. Portanto, esse cenário hidrológico favorável contribuiu para o aumento da geração por parte das hidrelétricas e, consequentemente, refletiu na redução das contribuições das usinas térmicas.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

  • Este boletim foi publicado no dia 14/06/2022;
  • As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
  • Os dados de maio de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
  • Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
  • Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
  • O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
  • O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em abril/22, foi de 3,35% e 3,54%, respectivamente;
  • O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
  • As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

Para enviar comentários e sugestões ou esclarecer dúvidas, mande um e-mail para: info.mercado@ccee.org.br

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O conteúdo desta publicação foi produzido pela CCEE com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.

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