MERCADO QUINZENAL

Dados de 1º a 15/02/22 comparados com o mesmo período de 2021 (1º a 15/02/21)

Informações de medição em 18/02/2022, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica na primeira quinzena de fevereiro registrou alta de 0,4% em comparação ao mesmo período de 2021. Este resultado foi impactado por uma queda de 0,4% no Ambiente de Contratação Regulada - ACR, e alta de 2,1% do Ambiente de Contratação Livre - ACL. Ao expurgar o efeito da migração entre os ambientes de contratação, o ACR cresceu 1,3% e o ACL apresentou queda de -1,3%.

Na análise regional, com o impacto dos dados faltantes, as maiores altas foram registradas nos estados de Rondônia (10%) e Mato Grosso, Alagoas e Sergipe (9%). Com provável impacto de dados ausentes, as maiores quedas ficaram registradas no Distrito Federal (27%), Rio Grande do Sul e Piauí (6%) e Paraná (5%).

Dentre os 15 ramos de atividade econômica analisados pela CCEE, apenas 6 registraram crescimento, com destaque para os Serviços (21,4%) e Comércio (10,6%). No caso do primeiro, deve-se considerar a base comparativa baixa de 2021, quando ainda eram registrados impactos da quarentena imposta pela Covid. No caso do comércio, permanece impulsionado pelo grande número de novas cargas, uma vez que ao considerar apenas aquelas que já estavam no ACL em janeiro de 2021 a tendência se inverte, mostrando uma queda de 3,6% para este ramo de atividade.

Os setores que apresentaram as maiores retrações foram os de bebidas (6,8%), bastante sensível ao impacto da inflação crescente, e extração de minerais metálicos (4,5%), resultado provável da instabilidade externa causada pela crise geopolítica na Ásia.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, foi observado um aumento de 0,7%,  quando comparado ao mesmo período no ano anterior, já incluindo a importação de 560 MW médios na primeira quinzena de fevereiro de 2021. Já com relação às fontes, as fotovoltaicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas e as eólicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 86,2%, seguido das hidráulicas (9,3%). Já com relação às térmicas e às eólicas, estas apresentaram quedas de 33,8% e 2,6%, respectivamente.

As chuvas observadas na primeira quinzena de fevereiro de 2022 seguiram o mesmo padrão verificado no mês de dezembro de 2021. Quando comparado com o mesmo período no ano anterior, as chuvas performaram com volumes superiores em 2021 nas principais bacias do SIN, acarretando assim em um aumento da geração hidráulica.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 18/01/2022;
• As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;
• Os dados de fevereiro de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 15 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em janeiro/21, foi de 3,43% e 3,59%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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